Escrito por Clara Bisquola
Estiveram reunidos ontem (10), com a chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Assistência Social, Maria Luiza Gomes da Silva Azevedo, o presidente da Federação dos Trabalhadores em Seguridade Social Elcio Aparecido Marcelino, a presidente da CNTSS/CUT Maria Aparecida Faria e o secretário Geral Renato de Barros e a presidente da SITRAEMFA Maria Gusmão Pereira, buscando uma solução para os trabalhadores da Assistência Social de ONG´s ( rede conveniada) que estão com os salários atrasados desde novembro do ano passado.
O SITRAEMFA, mais uma vez mobilizou-se e foi à luta, denunciando os atrasos de salários ao MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO, solicitando a intervenção, para que sejam regularizadas as pendências o mais rápido possível. A Prefeitura de São Paulo não repassou a verba para que as ONG´s conveniadas pagassem os salários do mês de dezembro, as férias, mais 1/3.
Para a presidente da SITRAEMFA, Maria Gusmão: “É uma vergonha o descaso do Prefeito Kassab com os usuários da Assistência, que além de não dar um bom serviço deixa os trabalhadores, sem receber os seus salários e férias há mais de dois meses e ainda ficam a mercê de suas dividas. Sem contar a precariedade da alimentação fornecida pela Prefeitura aos usuários. O que vemos é o caos na assistência social do Município de São Paulo”
A luta para que este problema do atraso nos pagamentos vem desde o final do ano de 2009, quando da aprovação do Orçamento da Assistência. Mesmo diante da pressão, os vereadores aprovaram apenas 42 milhões, que seriam destinados a novas entidades e não para investir nas que já existem conforme reivindicação, com isso o caos se concretizou e os Trabalhadores estão com seus salários atrasados, conclui ela.
PREFEITURA PROMETE, MAS NÃO CUMPRE
Em janeiro último em reunião realizada no Ministério Público do Trabalho, o Sitraemfa e a categoria ganharam a primeira luta na denuncia contra os atrasos de salários dos trabalhadores da Rede Conveniada. Nesta reunião a presidente do Sitraemfa enfatizou as dificuldades que os profissionais estavam atravessando como também a possibilidade de redução do quadro de funcionários, já extremamente enxuto, que sem o pagamento dos salários, os trabalhadores serão obrigados a interromper a prestação dos serviços. A Procuradora Dra Maria Isabel Cueva Moraes, em face do exposto requereu um prazo de vinte quatro horas para a Prefeitura de São Paulo se pronunciar. Mesmo assim ainda nada foi feito. No dia 02 de março, em Assembléia, os trabalhadores decidiram entrar em estado de greve e esperam as decisões e as negociações que deverão sair após essa reunião ocorrida ontem.
“Nós queremos uma solução concreta para esta questão que vem se arrastando. Acredito que a Secretaria da SMADS deva estar bem preocupada com esta situação. Estamos falando de um contingente grande de trabalhadores das mais diversas áreas: (assistentes sociais, educadores, técnico especializado, orientador sócio educativo, profissional auxiliar, agente de proteção, administrativo, auxilia. de cozinha, zelador e vigia) e não `queremos que o trabalhador seja mais uma vez a vítima. Esse tipo de questão vem se repetindo e acaba fragilizando e depauperando o trabalhador”, finaliza Elcio Marcelino, presidente da FETSS.
Nesta sexta-feira, 12 de março, às 10hs, esta marcada nova Assembléia Geral da Rede Conveniada, na sede do SITRAEMFA para ratificar GREVE GERAL da categoria.