Escrito por Apeoesp
O seminário contará com a presença de jornalistas representando alguns dos principais órgão de comunicação de São Paulo, e deve debater a postura dos meios de comunicação na cobertura dos movimentos sociais, como na última greve dos professores - de 5 de abril a 8 de maio - quando parte da imprensa reverberou o equivocado discurso do governo, dando conta que o movimento tinha motivações político-eleitorais. O seminário acontecerá no Hotel Braston - rua Martins Fontes, 330, Capital, ás 9:00h.
“Mais do que nunca, os movimentos sociais têm sido criminalizados pelo governo do Estado e por alguns veículos de comunicação”, comentou Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, presidenta da APEOESP. “Por isto está mais que na hora de discutirmos esta questão”.
Quem nunca ouviu a máxima “a imprensa é o quarto poder”? O aforismo certamente refere-se à importância dos meios de comunicação no controle dos três poderes constituídos. Na sociedade contemporânea, os meios de comunicação transformaram-se na principal fonte de informação da sociedade em geral. É preciso, assim, que se faça uma análise crítica do processo de produção desta informação. Afinal, nenhum dos meios de comunicação - jornais, rádios, emissoras de TV - são isentos de interesses políticos e econômicos de terceiros, ou mesmo dos interesses dos proprietários das empresas do ramo de comunicação.
No Brasil, a concentração de poder, nessa área, é marcante: apenas sete grupos controlam cerca de 80% de toda e qualquer publicação em território nacional. Por exemplo, a família Marinho controla o canal de TV de maior audiência, um grande número de emissoras de rádio, portais na Internet, uma importante distribuidora de cinema e um sistema de produção de canais a cabo. Algumas outras poucas famílias também são detentoras de numerosos veículos de comunicação, distribuídos em variados meios.