CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > DESTAQUES > 21/09: DIA NACIONAL DE PARALISAÇÃO DA ENFERMAGEM MOVIMENTOU TRABALHADORES POR TODO O PAÍS NA DEFESA DO PISO SALARIAL DA CATEGORIA
21/09/2022
O chamado do Fórum Nacional da Enfermagem para a realização do Dia Nacional de Paralisação e Mobilização pela implantação imediata do piso salarial da enfermagem ecoou com grande força por todo o país. Assim como aconteceu em outra ocasiões, como em 09 de setembro quando os trabalhadores foram para as ruas lutar pela derrubada do parecer do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, que suspendeu o implantação do piso, a categoria esteve em peso nos atos e manifestações para ver garantidos seus direitos.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS/CUT) mobilizou seus sindicatos e federações para atuarem juntos às suas bases para organizarem estes profissionais procurando garantir a máxima participação nos atos, paralisações e manifestações que ocorreram nos estados por todo o dia. Quando da convocação para o dia 21/09, a secretária geral da CNTSS/CUT, Isabel Cristina Gonçalves, destacou que a categoria vem demonstrando muita força e unidade.
Lembrou a dirigente que a mobilização nacional da enfermagem já nos atos de 09/09 foi “grande”, “boa” e “valoroza”. “Os atos demonstraram a força organizativa do movimento sindical. Foi importante. A categoria respondeu aos sindicatos com a presença maciça nas ruas ou em atos nos locais de trabalho para marcar o dia nacional de luta. É fundamental que o movimento sindical se mantenha unido e se fortaleça com responsabilidade e organização em todas as estratégias definidas para os próximos passos que serão dados daqui para frente,” mencionou à época.
A unidade da categoria para este 21/09 também foi reafirmada pelo Fórum Nacional da Enfermagem, que na sua convocatória, em nome das entidades que compõem a entidade, entre elas a CNTSS/CUT, deixou claro os objetivos deste dia de paralisação de advertência: defender a implementação da Lei nº 14.434/22 e pressionar o Congresso Nacional e o governo federal para que garantam as fontes de custeio do piso salarial da enfermagem”. Observando o cuidado com a população, o Fórum garantiu que os atendimentos de urgência/emergência seriam mantidos, de modo a não causar qualquer tipo de falta de assistência aos pacientes.
Com a mesma responsabilidade, o Fórum também foi contundente cobrando das autoridades o respeito aos trabalhadores da enfermagem. “Os profissionais da categoria exigem respeito e a imediata solução para o pagamento do piso. Promessas vazias e palavras de apoio não bastam! A enfermagem precisa de ações concretas por parte do Congresso e da equipe econômica do governo, e isso se dará através de fonte de recursos para viabilizar o pagamento do piso salarial,” manifestava trecho da nota distribuída pela entidade.
Balanço inicial do dia de paralisação
A unidade preconizada pelo Fórum da Enfermagem demonstrou ser uma constante na organização dos atos por todo o Brasil. Nos vários estados, sindicatos, entidades e até escolas de enfermagem se uniram para realizar atos pelo direito ao piso salarial já. Minas Gerais foi um exemplo desta dinâmica. O Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (SindSaúde MG) levou sua base de trabalhadores e dirigentes para o ato centralizado em Belo Horizonte. Entidades de várias cidades se deslocaram até a capital mineira para lutar pelos direitos da enfermagem.
Para a dirigente do Sindsaúde MG, Neuza Freitas, o movimento da enfermagem mineira mostrou estar organizado. Na convocação do ato deste dia 21, a liderança falou desta unidade: “Amanhã (21/09), os sindicatos de MG estarão na praça da estação, às 9 horas. É a enfermagem brasileira dando um basta. Exigimos o pagamento do piso nacional da categoria imediatamente.” Neuza Freitas estava certa. As ruas do Centro de Belo Horizonte foram tomadas por uma imensidão de trabalhadores.
Em Curitiba, outro exemplo dos atos pelo Brasil, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc) também esteve presente no ato unificado. Na capital paranaense os atos começaram ao amanhecer. Desde as 5 horas da manhã já havia trabalhadores se manifestando nos locais de trabalho. Durante todo o dia seriam realizadas manifestações. Um grande ato estava previsto para as 17 horas no centro da cidade.
Em São Paulo, o Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (Sindsaúde SP) também mobilizou a categoria em todo o Estado. Um exemplo foi a atividade preparatória realizada na terça-feira, 20/09, na cidade de Ribeirão Preto. Nesta data, uma assembleia com os profissionais do Hospital das Clínicas da cidade deliberou sobre a agenda de manifestações do dia. Durante todo o dia 21, os atos de espalharam pelas cidades do interior, contagiando os profissionais dos inúmeros equipamentos públicos de saúde.
Ainda no estado, o Sindicato dos Médicos de São Paulo (SIMESP) esteve representado no ato realizado na capital. Segundo dirigente, cerca de 5 mil trabalhadores estiveram hoje pela manhã na manifestação em defesa do piso da enfermagem. Entidades do setor público e privado e estudantes de Centros Acadêmicos de enfermagem caminharam na avenida Paulista, cartão postal da cidade, exigindo seus direitos. Por toda a avenida foram entoadas palavras de ordem: “Enfermagem está na rua, Barroso a culpa é sua”; “Paguem o piso da enfermagem já”.
Na Bahia, o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social no Estado da Bahia (Sindprev BA) manteve sua organização e levou dirigentes e trabalhadores para participarem dos atos na capital baiana. O ato em Salvador reuniu profissionais e políticos em defesa do piso salarial da enfermagem. Na oportunidade, a diretora do Sindicato, Alindaí Santana, que também integra a CUT e a CNTSS/CUT, falou sobre as mobilizações e defendeu que a categoria eleja parlamentares engajados na defesa dos direitos dos trabalhadores. Ela considerou injusta a decisão do STF que barrou o pagamento do piso e lembrou da importância dos profissionais da Saúde.
Em Goiás, o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO) também manteve a mobilização para os atos do Dia Nacional de Paralisação da Enfermagem. Dirigentes e trabalhadores da base aprovaram a participação nos atos unificados marcados para acontecer na capital. O Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência (Sintfesp GO) também permaneceu atuante na defesa da categoria. Em Goiânia, a manifestação ficaram definidas para acontecer no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) e no Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo).
Em várias cidades pelo país, muitas das grandes concentrações de trabalhadores estavam marcadas para acontecer no final da tarde. Até a publicação desta materia, muitas atividades ainda estavam acontecendo e outras ainda não haviam sido civulgadas pelas entidades. São atos que encerram um dia de lutas em que os profissionais da enfermagem e suas lideranças estiveram mobilizados em atividades nas ruas e nos espaços de trabalho para cobrar que o piso salarial da enfermagem, cuja lei já foi sancionada em 05 de agosto, se finalmente implementado.
José Carlos Araújo
Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT
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