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Dirigentes da CNTSS/CUT participam da 5ª Conferência da UNI Américas

29/06/2022

Conferência da área de saúde antecipa programação que tem início dia 29/06 para mais de 600 dirigentes sindicais das Américas; secretária geral do Sindsaúde SP é eleita para compor Comitê da UniGlobal

Escrito por: Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social está entre as entidades dos trabalhadores que participam presencialmente nos dias 29 e 30 de junho, em Fortaleza, da 5ª Conferência Regional da UNI Américas, estrutura interligada à UNI Global Union, federação sindical  com afiliadas em 150 países e que representa 20 milhões de trabalhadores em todo o mundo. Tendo como tema central “Defendemos nossos direitos. Construímos nosso futuro”, a expectativa dos organizadores é reunir cerca de 600 lideres sindicais que estarão representando 24 países e 124 organizações sindicais.

 

A mesa de abertura da Conferência dará o tom dos debates ao desenvolver o tema “Retorno do progressismo: Que implica para xs Trabalhadorxs”. O objetivo é aprofundar uma discussão com a finalidade de instituir uma agenda de lutas dos trabalhadores para garantir o fortalecimento da democracia, ampliar os direitos humanos e consolidar a justiça social, ambiental e econômica tendo como referência a atual transição política da América Latina. Há, na concepção dos organizadores, um cenário político novo nas Américas com a volta dos governos progressistas no México, Chile, Argentina, Honduras, Peru, Bolívia, Colômbia e possivelmente no Brasil. Realidade cujo o reverso da medalha é também o crescimento dos movimentos de extrema-direita e até mesmo de vertentes proto-facistas.

 

Os idealizadores da Conferência observam que neste contexto contemporâneo, o movimento sindical, assim como os movimentos sociais progressistas, possui um papel importante e deve buscar estratégias para conquistar novas vitórias e ter maior poder de decisão nos debates presentes na sociedade. Na opinião de Márcio Monzane, secretário Regional da UNI Américas, “em nossa região, não há mais espaço para democracias sem respeito aos direitos dos trabalhadores, empregos precários, desigualdade e discriminação. Com a recente ascensão de governos progressistas, os sindicatos devem ter um papel ativo, serem ouvidos e ter maior espaço de participação na sociedade.”

 

A CNTSS/CUT está sendo representada na Conferência por sua secretária-geral, Isabel Cristina Gonçalves, e sua secretária de Formação, Miriam Oliveira de Andrade. Pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (Sindsaúde SP), entidade filiada à Confederação, também participam a secretária de Comunicação da Confederação e adjunta da Secretaria de Administração e Finanças do Sindicato, Maria Godoi de Faria, e a secretária geral do Sindicato, Célia Regina Costa.

 

Conferência UNI Cuidados Américas

 

 

As lideranças da Confederação participaram no dia 27 de junho da Conferência UNI Cuidados Américas. A atividade, que precedeu à 5ª Conferência, discutiu prioritariamente o eixo central “Organizar o futuro de cuidados em saúde”, a partir de mesas de debates com os subtemas: “Rompendo barreiras para ganhar crescimento sindical e poder com empresas multinacionais”; “Organizar trabalhadores do cuidado de longa permanência nas América”, “Construir poder setorial nacional para defender e fortalecer os sistemas de saúde” e “Saúde mental dxs trabalhadorxs de saúde”.

 

Já na mesa de abertura do evento, o presidente da UNI Cuidados, Miguel Zubieta, falou sobre a contribuição dos participantes na elaboração de novas estratégias de lutas dos trabalhadores. “O que buscamos é que os governos façam políticas públicas para os trabalhadores, fortaleçam o movimento sindical, nossas organizações e, sobretudo, lutem contra as péssimas condições de trabalho e os salários de pobreza. A UNI, como organização global e que representa os sindicatos em nível das Américas, pode ser a voz dos trabalhadores em organizações internacionais”, afirmou Zubieta.

 

A Conferência do setor Care da UNI Américas reuniu sindicatos de toda a região para construir um plano de ação visando promover o crescimento sindical e combater o neoliberalismo no setor. A metodologia estabelecida para este dia de trabalho permitiu que as discussões realizadas a partir das exposições fossem delineando a construção deste projeto coletivo. Os dirigentes procuraram avançar em estratégias para aumentar o poder de sindicalização e organização dos trabalhadores que atuam hoje nas Américas em empresas multinacionais de saúde.

 

Na reunião, houve estratégias sobre como avançar para aumentar o poder de associação e sindical dentro de empresas multinacionais e como ajudar os trabalhadores de cuidados nas Américas a se organizarem. Além de uma ação integrando a região, as lideranças também buscaram discutir uma organização setorial nacional ”para defender e fortalecer os sistemas de saúde e o papel dos sindicatos na proteção da saúde mental dos profissionais de saúde”.

 

 

Dentro desta perspective de proteção dos trabalhadores, Adrian Durtschi, do setor de Cuidados da UNI Global Union, em sua exposição, aponta a necessidade de avançar cada vez mais na melhora das condições dos trabalhadores. “A necessidade por profissionais de saúde aumentará nas próximas décadas, por isso devemos ter acordos agora que melhorem as condições de trabalho, acabem com contratos precários e lutem contra governos autoritários que querem tirar direitos”, conclui.

 

Como forma de potencializar as ações, foi estabelecida a criação de um Comitê. A secretária geral do Sindsaúde SP, Célia Regina da Costa, passou a compor a direção da Uniglobal.

 

CONFERÊNCIA TEMÁTICA – UNI AMÉRICAS 2022

 

Nos dias 29 e 30 de junho de 2022

 

Dando continuidade ao estabelecido na 5ª Conferência Regional de 2020, a Conferência Temática 2022 será enquadrada nestas sessões:

 

ABERTURA O retorno do progressismo: o que representa para os trabalhadores?

Analisando o papel do movimento sindical com os processos políticos que estão sendo desenvolvidos no contexto do progressismo.

 

SESSÃO 1 Vamos construir o nosso futuro com mais democracia.

Compreendendo o papel ativo dos sindicatos na defesa dos direitos humanos, igualdade de gênero e as democracias no continente.

 

SESSÃO 2 Defendamos nossos direitos com organização sindical.

As organizações sindicais conseguiram se sentar na mesa e negociar de forma coletiva, mantiveram suas convenções coletivas e cresceram sindicalmente apesar da pandemia.

 

SESSÃO 3 Vamos construir o nosso futuro com novos direitos.

Os sindicatos conquistaram novos direitos perante as novas formas de trabalho que têm surgido, inovando em suas convenções coletivas e trazendo temas de saúde e segurança no trabalho como prioridade.

 

SESSÃO 4 Encerramento

 

* com dados da Uni Américas

 

 

José Carlos Araújo

Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

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