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CNTSS/CUT repudia atos de violência contra dirigentes do Sindsaúde GO por parte do prefeito de Goiânia

17/02/2022

Lideranças ligadas à Confederação e à CUT Nacional foram vítimas de atos truculentos e discursos misóginos durante inauguração de Unidade Básica de Saúde

Escrito por: Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

Mais um episódio lastimável de misoginia e de desrespeito que fere as normas democráticas inerentes às relações civilizadas no espaço das negociações e disputas trabalhistas foi perpetrado pelo prefeito de Goiânia (GO), Rogério Cruz (Republicanos), no último dia 10 de fevereiro, contra dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO) e também lideranças da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS/CUT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

 

Representantes legítimas dos servidores públicos municipais da Saúde, as dirigentes do Sindsaúde GO, Luzinéia Vieira dos Santos e Flaviana Alves Barbosa - respectivamente, vice-presidente e dirigente Nacional da CNTSS/CUT e a secretária geral - e Maria de Fátima Veloso, secretária nacional adjunta de Saúde do Trabalhador da CUT e secretária de Mulheres da CNTSS/CUT, também ex-dirigente do Sindsaúde GO, foram desrespeitas e agredidas durante solenidade pública de inauguração de Unidade Básica da Saúde, que reunia servidores, população e autoridades municipais na área externa do novo equipamento público.

 

As agressões, que surpreenderam a todos que estavam presentes na ocasião, foram expressas de forma repugnante e indiscutivelmente inaceitável. A primeira delas aconteceu quando uma faixa com os dizeres “Quem trabalha pela vida merece viver com dignidade” foi arrancada de maneira extremamente violenta da mão das dirigentes por um segurança de Rogério Cruz, causando ferimentos leves em uma das lideranças, circunstância que fez com que fosse lavrado Boletim de Ocorrência.

 

A outra, também inimaginável por seu desrespeito e grosseria, partiu do próprio prefeito, que, durante sua fala na solenidade, agrediu verbalmente Flaviana Alves Barbosa, tentando desqualificá-la e humilhá-la de maneira misógina. “Tem otorrino, ai? A dona Maria, vai ficar rouca de tanto gritar”, tripudiou o prefeito, enquanto a dirigente denunciava a arbitrariedade e a violência desferida contra elas. A falta de decoro de Rogério Cruz ao atacar e vilipendiar as lideranças sindicais – mulheres eleitas pelos servidores para representá-los por suas capacidades inquestionáveis – merece toda nossa indignação e repúdio.

 

Ao atacar de forma vil as dirigentes, o prefeito reforçou sua postura intransigente de não dialogar com as lideranças e os trabalhadores para fazer cumprir suas promessas de campanha. Desrespeitou o sindicato e todos os trabalhadores e trabalhadoras – com certeza muitas delas “Marias”, que, na opinião de Rogério Cruz, podem e devem ser tratados com desprezo, indiferença e grosseria. São os mesmos servidores e servidoras que durante a pandemia do Covid-19 demonstraram profissionalismo e senso de compromisso e responsabilidade e, sem titubear, arriscaram suas vidas para salvar a população mesmo sem as mínimas condições de segurança e valorização.

 

Muitos deles são os trabalhadores invisíveis que as pesquisas demonstram ser vítimas da negligência e descaso da grande maioria das autoridades públicas e do setor privado. De acordo com estudo “Os trabalhadores invisíveis da Saúde: condições de trabalho e saúde mental no contexto da Covid-19 no Brasil”, realizado pela Fiocruz em parceria com diversas entidades, entre elas a CNTSS/CUT, estamos falando de um contingente de mais de 2 milhões de profissionais de nível técnico e auxiliar, os quais exercem atividades de apoio e são quadros que estão lado a lado junto aos demais profissionais de saúde no cuidado da população e no enfrentamento à Covid-19. Quando Rogério Cruz age desta forma reafirma a negligência e o desrespeito contra todas estas categorias de trabalhadores da saúde.

 

As dirigentes ofendidas e agredidas pelo prefeito e seu aparelho de repressão são as vozes de todos estes profissionais que, com certeza, o chefe do Executivo local os vê com o mesmo desdém e desinteresse. É certo que mesmo com posturas como estas de Rogério Cruz a classe trabalhadora não se calará na luta por seus direitos e pelo cumprimento de promessas feitas em períodos eleitorais. O episódio fez com que um grande número de entidades sociais e conselhos de direitos se manifestassem em favor das lideranças e em repúdio às selvagerias verbal e física desta administração.

 

A CNTSS/CUT está entre estas entidades que vêm a público denunciar, repudiar e combater atitudes como estas empreendidas pela administração municipal de Goiânia. Misoginia e violência não calarão a classe trabalhadora. A Confederação reitera seu apoio a estas nossas dirigentes que foram agredidas e a toda a categoria do serviço público goiano que vem sendo vítima desta administração que não cumpre suas promessas e atua de forma truculenta e antidemocrática. Nossa total solidariedade a estas companheiras e aos trabalhadores da Saúde de Goiânia.

 

 

 

CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social

Fevereiro de 2022

 

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