CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > DESTAQUES > CNTSS/CUT APOIA DOCUMENTO DA ISP ENVIADO À MINISTRA DAMARES SOBRE PRIORIDADES PARA COMPOR RELATÓRIO DA COMISSÃO SOBRE O STATUS DA MULHER DA ONU
30/03/2021
Documento produzido pela ISP – Internacional do Serviço Público em parceria com diversas entidades nacionais, entre elas a CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social, reivindica que o governo brasileiro, por meio do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, apresente nas prioridades a serem implementadas no documento final de resoluções e orientações da UNCSW 65 – Comissão sobre o Status da Mulher da ONU – Organização das Nações Unidas a defesa e o apoio à Convenção nº 190 da OIT – Organização Internacional do Trabalho que versa sobre a eliminação da violência e do assédio no mundo do trabalho.
A 65º sessão da Comissão sobre o Status da Mulher aconteceu de 15 a 26 de março e teve como tema principal “Participação plena e efetiva das mulheres e tomada de decisões na vida pública, também como a eliminação da violência, para alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas.” A Comissão é o principal órgão intergovernamental global dedicado exclusivamente à promoção da igualdade de gênero e ao empoderamento das mulheres. O resultado da consideração da Comissão sobre o tema prioritário durante sua 65ª sessão assume a forma de conclusões acordadas, a serem negociadas por todos os Estados membros.
O documento da ISP, sindicato global que representa entidades sindicais de 154 países e 30 milhões de trabalhadoras e trabalhadores, manifesta a preocupação com o aumento da violência e da sobrecarga no trabalho que afeta prioritariamente as mulheres e, portanto, reivindica que os Estados tomem medidas proativas frente a esta realidade. O texto expõe que as mulheres, assim como os negros e o segmentos LGBT+, estão em situação de grande vulnerabilidade, principalmente agora neste momento de pandemia, e que, portanto, é preciso a “implementação e promoção de programas por meio de políticas públicas afirmativas às vítimas da pandemia, da precarização do trabalho e da informalidade”.
O documento apresenta um quadro sucinto sobre a realidade atual frente á pandemia, com a constatação de que “sete milhões de mulheres perderam o emprego, segundo o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, e 105 mil casos de denúncia de violência doméstica foram registrados junto ao serviço telefônico conhecido como “Disque 180”. Desta forma retrocessos baseados em conceitos patriarcais sobre os direitos sexuais e reprodutivos não serão admitidos pelos movimentos sociais e sindical, pois iriam agravar a já atualmente difícil e opressiva situação”.
Clique aqui e veja a íntegra do documento da ISP:
José Carlos Araújo
Assessoria de Imprensa do CNTSS/CUT
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