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Sindsaúde SP: ato em frente à Secretaria de Saúde do Estado defende a permanência dos servidores nos Hospitais São Matheus e Guaianazes

11/06/2020

Lideranças sindicais, trabalhadores e moradores levam a bandeira do “Eu fico” em ato em defesa dos servidores da saúde e pela manutenção do atendimento prestado à população da Zona Leste de Capital

Escrito por: Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

 

Ato em defesa dos servidores da saúde estadual realizado pelo Sindsaúde SP - Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo, entidade filiada à CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social, reuniu profissionais dos hospitais de Guaianazes, São Matheus, Taipas e Ermelino Matarazzo. A manifestação, que aconteceu nesta quarta-feira, 10 de junho, em frente à Secretaria Estadual de Saúde, integrou lideranças sindicais, trabalhadores da saúde e as comunidades locais em defesa da permanência dos servidores nas suas atuais unidades de trabalho e a manutenção adequada do atendimento em saúde prestado às populações das respectivas regiões.

 

A solidariedade também foi manifestada pela presença de lideranças do SinpsiSP – Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo, entidade também filiada à Confederação, APEOESP - Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, Sindsep - Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo e Coren – Conselho Regional de Enfermagem. Lideranças dos grupos de moradores de Guaianazes e São Matheus participaram da manifestação em apoio aos servidores.

 

O ato desta quarta-feira é um desdobramento das ações que vem sendo realizadas pelo Sindsaúde  SP junto aos servidores e a comunidade dos Hospitais São Matheus e Guiaianazes, ambos na Zona Leste da Capital, para evitar que os trabalhadores sejam transferidos em virtude de processo de municipalização, no caso da primeira unidade hospitalar, e de entrega da administração da segunda unidade para gerenciamento de Organização Social. Ambos os equipamentos hospitalares foram conquistados pela luta histórica dos moradores e dos profissionais de saúde da região.

 

Os servidores da saúde criaram o movimento “Eu fico” para dizer às secretarias Estadual e Municipal de Saúde que não aceitam ser transferidos para outras unidades. Tem sido uma estratégia do governo estadual a entrega de suas unidades aos municípios ou OSs e a conseqüência é sempre a transferência dos trabalhadores sem que haja qualquer diálogo com estes profissionais, com o Sindicato e as comunidades locais. O movimento para permanecerem nos atuais locais de trabalho também é defendido pelas comunidades que atendem.

 

Clique aqui e veja a íntegra do ato:

 

A tesoureira da CNTSS/CUT e secretária-geral do Sindsaúde SP, Célia Regina Costa, acompanha esta luta. Apresentou aos presentes no ato a dificuldade para que fossem atendidos pelos coordenadores das áreas de Saúde e de Recursos Humanos do governo estadual. A insistência do sindicato garantiu que as comissões formadas com os trabalhadores das duas unidades fossem recebidas. Os trabalhadores puderem perceber a dificuldade de diálogo com o governo, que não quis se comprometer imediatamente com nada, apenas garantiu a realização de outra reunião para dar continuidade ao debate.

 

A dirigente da Confederação mencionou que trata-se de negociações bastante complicadas e que o Sindicato permanecerá irredutível na defesa da permanência dos servidordes em suas unidades de trabalho. Há, inclusive, a colaboração da representante do Conselho Estadual de Saúde, que levará está discussão para ser debatida nesta instância. Relembrou que as discussões sobre o SUS pressupõem a valorização do atendimento no âmbito municipal, mas que isto não significa que os trabalhadores possam ser prejudicados com transferências e a população com mudanças na política de atendimento. O sindicato quer garantir estes direitos e está propondo ao governo que haja uma debate mais profundo.

 

“Nós estamos evoluindo na nossa luta. Não saímos com nenhuma certeza, mas saímos daqui com um avanço. Este avanço tem que se transformar em vitória. Para isto, temos que manter a organização e mobilização. Neste momento o que ajuda são as informações oficiais do Sindicato, dos delegados de base e das Comissões que tiramos nos hospitais. Sempre na firmeza e na conduta do processo que estamos colocando aqui, que é que afirma que nós não vamos sair dos nossos locais de trabalho. Seja na municipalização ou no caso da entrega para organização social,” afirma Célia Costa.

 

A presidenta do Sinpsi SP, Fernanda Magano, destacou a força dos trabalhadores que estão dizendo diretamente ao governo que não são descartáveis. “Não somos descartáveis. A Secretaria quer nos tratar assim. Esta luta precisa continuar firme e não podemos ceder. Não podemos assinar este documento individualmente (o de transferência). Precisamos lutar pelo SUS de qualidade, o SUS da lei, porque esta terceirização e a municipalização são armadilhas que produzirão danos tanto na vida dos trabalhadores, como também na qualidade de atendimento da população. Sabemos quão valorosos vocês são colocando em risco suas saúdes para dar conta do trabalho. Vamos continuar atentos e organizados juntos ao Sindicato. O Sindicato tem feito um ótimo trabalho,” destaca.

 

 

A presidenta do Sindsaúde SP, Cleonice Ribeiro, informou que ficarão pressionando para que o governo cumpra o compromisso de agendar uma nova reunião o mais rápido possível. Também deverá ser agendada uma reunião com o secretário municipal de Saúde. O importante, diz ela, é que os companheiros levem este debate para seus locais de trabalho e se mantenham mobilizados. No caso do Hospital Guaianazes, onde a direção estão chamando individualmente o trabalhador para assinar sua transferência, a dirigente orientou para que os servidores se mantenham firmes e aguardem o resultado da negociação que o sindicato vem realizando.

 

 

José Carlos Araújo

Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

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