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Dirigentes e servidores da base da CNTSS/CUT participam das manifestações em defesa do INSS

18/02/2020

Atos realizados no último 14 de fevereiro por todo o país marcaram a defesa do INSS, dos servidores e do serviço público; trabalhadores denunciaram política de sucateamento de Bolsonaro/Guedes

Escrito por: Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

 

O chamado da CUT – Central Única dos Trabalhadores, demais Centrais Sindicais e movimentos sociais para um dia de manifestações e atos em todo o país na última sexta-feira, 14 de fevereiro, em defesa do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social, dos servidores e do serviço público foi acatado e as capitais e milhares de cidades tiveram sua programação de eventos para denunciar as barbaridades realizadas pela dupla Bolsonaro/Guedes com a finalidade de destruir o Instituto. Os manifestantes ocuparam os espaços das Agências da Previdência Social e as ruas para dialogar com os trabalhadores e a população sobre a grave crise pela qual o INSS vem passando.

 

A proposta foi tornar público que a situação atual é resultado de uma política de desmonte do Instituto que vem sendo implantada desde 2016, com o golpe, e ganhou contornos ainda mais dramático com o governo de extrema-direita e ultraliberal de Bolsonaro. Hoje, de acordo com levantamentos realizados a partir de números oficiais, são cerca de 2,2 milhões de pessoas que estão na fila de espera para terem atendidos seus direitos aos respectivos benefícios. As condições de trabalho dos servidores é outro gargalo que vem acontecendo por falta de investimentos destes recentes governos.

 

 

A CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social mobilizou seus dirigentes e lideranças para participaram da organização das agendas definidas pelas CUTs estaduais. Assim foi possível agregar as ações defendidas pela Central às iniciativas pensadas pelos sindicatos levando em conta a especificidade de suas bases e a realidade local. O resultado foi bastante promissor, pois tornou possível criar uma sinergia que permitiu ampliar o resultado esperado em muitas das agendas estabelecidas. O recado foi levado à população: é preciso organizar a resistência para evitar a destruição do INSS, um patrimônio dos trabalhadores e de toda a sociedade.

 

As lideranças da Confederação aproveitaram este dia nacional de luta para intensificar o trabalho que realiza permanentemente de levar ao conjunto dos trabalhadores e aos usuários do sistema as informações necessárias para que compreendam que a crise está sendo “fabricada” para colocar a população contra o Instituto e os servidores federais. O número reduzido de trabalhadores em todo o país que deixa uma defasagem de quase 16 mil servidores, a falta de concurso público, as más condições dos locais de trabalho, a falta de infraestrutura tecnológica para desenvolver as funções e a longa jornada de trabalho diário de até 15 horas para dar conta das metas impossíveis de serem atingidas são algumas das denúncias levadas às ruas.

 

 

O governo, ao invés de apresentar propostas para corrigir a situação, traz medidas que, na opinião de especialistas e dos trabalhadores, só vai aprofundar o problema já criado. Trata-se da ideia de trazer militares para trabalhar no Instituto. As entidades representativas dos servidores, entre elas a CNTSS/CUT, são contrárias a esta medida. O ideal, na opinião dos sindicalistas, seria a integração imediata de aposentados do INSS, o chamamento de pessoas aprovadas em concursos recentes e a realização de concursos emergenciais para repor a mão de obra que vem saindo do instituto por conta de aposentadoria.

 

As entidades filiadas à Confederação também têm levantado as bandeiras pela retomada do atendimento presencial nas Agências da Previdência, ao invés da proposta estabelecida pelo governo do INSS Digital que só fez aumentar a fila de atendimento; melhores condições de trabalho; interromper o processo de fechamento de Agências colocado em ação pelo governo; e mais infraestrutura em tecnologia da informação que facilite o trabalho dos servidores. As lideranças aproveitaram a oportunidade para também divulgar e chamar os trabalhadores para prepararem uma grande mobilização agendada pelas Centrais Sindicais para 18 de março. Mais uma agenda de resistência.

 

 

 

 

 

 

José Carlos Araújo

Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

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