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1º de maio: trabalhadores e lideranças ligados à CNTSS/CUT vão às ruas em todos os Estados contra a Reforma da Previdência

03/05/2019

Entidades aproveitam as agendas definidas pelas Centrais para dialogar com a sociedade sobre direitos dos trabalhadores, Seguridade Social, reiterar o não à Reforma da Previdência e pedir Lula Livre

Escrito por: Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

O 1º de Maio deste ano foi um marco na história do movimento organizado dos trabalhadores brasileiros. A união entre as Centrais Sindicais e as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo na realização dos atos e manifestações por todo o país propiciou o avanço na luta contra a reforma da Previdência e as medidas propostas pelo governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro que visam a retirada de direitos trabalhistas e sociais. A mesma unidade presente nas comemorações do Dia do Trabalhador fez crescer a organização da greve geral nacional, que ficou definida para acontecer em 14 de junho.  

 

Os atos que se espalharam de Norte a Sul do país reuniram milhares de trabalhadores que se manifestaram contrários não só a proposta da Reforma da Previdência, mas ao conjunto das políticas desastrosas deste governo que vem destruído a economia nacional e o Estado brasileiro. O ato realizado em São Paulo, no Vale do Anhangabaú, região Central da Capital, reuniu cerca de 200 mil pessoas. Inúmeras lideranças puderam se expressar contra as barbáries deste governo e destacar a importância da unidade da classe trabalhadora para romper com este ciclo reacionário que está destruindo o país. Mas também foi um momento de diálogo direito com os cidadãos que puderam ser atendidos pela militância e as lideranças sindicalistas para debater sobre os impactos da reforma na vida do trabalhador.

 

Os Sindicatos e Federações filiadas às A CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social participaram das manifestações e atos realizados em seus Estados. Os trabalhadores e lideranças ligados à Confederação foram às ruas mais uma vez para fazer a defesa dos direitos previstos nas políticas de Seguridade Social que estão sendo fortemente afetadas desde o golpe de 2016 e que agora, com a proposta da Reforma da Previdência de Bolsonaro, tende a retroceder ainda mais. A proposta deste governo é por fim a aposentadoria e aos demais direitos contidos na Previdência Social.

 

O presidente da CNTSS/CUT, Sandro Cezar, presente à reunião da Direção Nacional da CUT, realizada em 23 e 24 de abril, fez questão de destacar naquele momento a importância do enfrentamento contra as medidas de Bolsonaro por conta da amplitude que elas acabam tomando contra os direitos dos trabalhadores.  “Bolsonaro quer acabar com a aposentadoria do trabalhador, quer tirar os direitos sociais, quer acabar com o Benefício de Prestação Continuada dos mais pobres, quer mudar a forma de cálculo da aposentadoria trazendo um enorme prejuízo para toda a sociedade. É necessário que não deixemos que aprovem esta Reforma que visa entregar o patrimônio dos trabalhadores, a sua aposentadoria, aos bancos. Vamos fazer um 1º de Maio rumo à nossa greve geral,” conclui Sandro Cezar.

 

14 de junho: greve geral nacional

 

A participação expressiva nos atos do 1º de maio mostrou que as Centrais Sindicais estavam corretas por atuarem unidas. O presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas ressaltou, durante sua fala no Vale do Anhangabaú, que o único jeito de barrar a reforma da Previdência de Bolsonaro é com o povo nas ruas. “Está aprovado! O Brasil irá parar em defesa do direito à aposentadoria dos brasileiros e das brasileiras. A única forma de barrar essa reforma é fazer o enfrentamento nas ruas. É greve geral. A proposta de Bolsonaro e seu guru, Paulo Guedes, é cruel com o povo. Querem acabar com o auxílio-doença, dificultar o auxílio-maternidade, acabar com o direito dos trabalhadores, sobretudo os mais pobres, de receberem pensão e aposentadoria para sobreviver. É por isso que vamos parar dia 14 de junho”, afirma.

 

O governo, por sua vez, tem pressa que a PEC nº 006/2019, da Reforma da Previdência, avance no Congresso Nacional. Conquistou sua primeira vitória com a aprovação do relatório na CCJ – Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara Federal. O texto segue agora para ser apreciado por uma Comissão Especial da Câmara. Se a PEC passar por esta Comissão, será encaminhada ao Plenário para votação em dois turnos. Para ser aprovada o governo precisará de votos de dois terços dos deputados (308 do total de 513). O caminho a seguir, em caso de aprovação, é sua ida para o Senado. Todo este percurso deve ser acompanhado de intensa mobilização dos trabalhadores.

 

Lula Livre - Outra bandeira de luta presente nos atos por todos os Estados, inclusive com repercussão em vários países do mundo, teve a ver com a liberdade do ex-presidente Lula. O grito por Lula Livre ecoou pelo mundo todo. É consenso no exterior que Lula é preso político em nosso país. Sua liberdade com a referida constatação de sua inocência é fundamental para o restabelecimento da democracia e do Estado de Direito. A mais recente vitória neste sentido foi a publicação, no último 02 de maio, da declaração oficial da AAJ - Associação Americana de Juristas que reconhece o ex-presidente Lula como preso político. A AAJ, ONG ligada ao Conselho Econômico das Nações Unidas, já havia se pronunciado favoravelmente a Lula, denunciando a perseguição contra ele durante a Assembleia Geral da 39ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, no ano passado.

 

 

 

 

 

José Carlos Araújo

Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

 

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