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CNTSS CUT repudia declarações do próximo presidente da República que levaram à saída de médicos cubanos do país

16/11/2018

Cerca de 8,5 mil médicos deixarão de atender quase 3 mil municípios; aproximadamente 60 milhões de brasileiros ficarão sem atendimento

Escrito por: Assessoria de Imprensa da CNTSS CUT

 

A CNTSS CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social, entidade representativa dos trabalhadores das áreas da Saúde, Previdência e Assistência Social dos setores públicos e privado, repudia e manifesta sua preocupação com a situação de milhões de brasileiros que ficarão sem os cuidados na área de medicina prestados pelos médicos cubanos que deixarão de fazer parte do ¨Programa Mais Médicos¨ em virtude das declarações equivocadas e preconceituosas proferidas pelo próximo presidência da República, Jair Bolsonaro.

 

Profissionais atuantes desde os primeiros momentos de implementação do ¨Mais Médicos¨, quando de sua criação em 2013 pela então presidenta Dilma Roussef, em conformidade com o Programa de Cooperação estabelecido com a Organização Pan-americana de Saúde, entidade da Organização Mundial de Saúde, os médicos cubanos atuaram em cerca de 3 mil municípios, considerados, em sua maioria, localidades isoladas, distantes e as mais empobrecidas, sendo que em 1,6 mil destas cidades eram os únicos médicos para acompanhar a população local. São cerca de 8,5 mil profissionais cubanos que deixarão de atender cerca de 60 milhões de brasileiros.

 

O profissionalismo e a solidariedade exemplares destes médicos permitiram a realização de mais de 113 milhões de atendimentos neste curto período de cinco anos de Programa. Compromissos ético e profissional que norteiam seus trabalhos em 34 países por meio de cooperação estabelecida por contrato para recebimento de honorários. E em outras 27 nações cujo atendimento acontece gratuitamente. No Brasil serão os moradores dos rincões mais distantes, de maior vulnerabilidade social e das periferias dos grandes centros urbanos que ficarão sem médico.

 

A irresponsabilidade deste próximo governo em criar esta situação vem sendo denunciada por setores e movimentos sociais progressistas ligados à saúde e até pela imprensa privada que observam que os resultados podem ser avassaladores nos indicadores em saúde pública, colocando em risco a vida de milhões de brasileiros. Uma atitude que também compromete a estrutura em Atenção Básica estabelecida no SUS – Sistema Único de Saúde.

 

A CNTSS CUT reitera seu repúdio a esta situação criada pelo próximo presidente brasileiro que levou à quebra da parceria e que tenderá a levar ao colapso o atendimento em saúde pública principalmente nos municípios menores e mais empobrecidos que atualmente são também os mais afetados pela Emenda Constitucional 95, que congela os investimentos na área de saúde pública pelos próximos 20 anos. Nestas inúmeras localidades deixarão de ser realizados procedimentos estabelecidos na área de Atenção Básica que são fundamentais na prevenção e no controle em saúde. Destaque-se, ainda, que em mais de 700 municípios os médicos cubanos foram os primeiros a se estabelecerem para prestar atendimento aos cidadãos brasileiros.

 

 

Assessoria de Imprensa da CNTSS CUT

 

 

 

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