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Entidades filiadas à CNTSS/CUT marcam presença no ato pela valorização da enfermagem realizado em São Paulo no último dia 17/05

22/05/2018

Confederação trouxe entidades da região metropolitana de São Paulo e dos Estados de Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul para o ato na avenida Paulista

Escrito por: Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

 

Os trabalhadores da enfermagem foram às ruas no último dia 17 de maio com um grito de alerta: “a enfermagem precisa ser valorizada”. São Paulo, mais especificamente a avenida Paulista, recebeu o ato nacional da categoria. Trabalhadores de várias partes foram representados por caravanas destes profissionais. A avenida foi o espaço utilizado para dialogar com a população tendo como referência o tema da mobilização: “Enfermagem esta luta também é sua. Vem para luta. Vem para as ruas!”. Com esta mensagem o Fórum Nacional da Enfermagem quis chamar a atenção da sociedade para a realidade vivida por estes trabalhadores.

 

Lideranças e profissionais da base da CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social acolheram a convocação do Fórum e estiveram em peso na manifestação da capital paulista. Além das entidades da região metropolitana de São Paulo filiadas à Confederação, também participaram trabalhadores vindos em caravanas dos Estados de Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Um número expressivo de profissionais que demonstram o compromisso que têm com a profissão e com a população usuária dos serviços prestados na área de saúde.

 

O dia de lutas serviu para denunciar para a sociedade que as pautas desta categoria estão emperradas no Congresso Nacional e que são fundamentais para a valorização dos trabalhadores, assim como para qualificar o trabalho realizado com a população. Os profissionais reivindicam a redução da jornada para até 30 horas semanais, carga horária preconizada, inclusive, pela OMS – Organização Mundial da Saúde; a luta por um piso salarial; aposentadoria especial; e a defesa do SUS – Sistema Único de Saúde com cada vez mais qualidade.

 

Sandra de Oliveira da Silva, secretária geral da CNTSS/CUT, foi uma das lideranças que pegou a estrada para participar do ato na avenida Paulista. Mineira, Sandra esteve entre as organizadoras da Caravana em seu Estado. Ao todo, foram três ônibus. Para ela, a manifestação foi um momento histórico não só para a categoria, mas também para a defesa do SUS. “Saímos de Minas Gerais para nos unir em um ato nacional em defesa da categoria da enfermagem dando continuidade a uma batalha diária que realizamos em nossos estados. Lutamos por salários dignos e condições de trabalho. Deixamos registrado que não falta assistência, mas, sim, melhores condições de trabalho. Fomos para a avenida Paulista dizer que esta luta é de todos e todas em defesa do SUS,” afirma.

 

Para a secretária, a CNTSS/CUT é referência nas discussões sobre a defesa da enfermagem há muito tempo a partir da organização dos trabalhadores de sua base e com sua participação nas entidades nacionais de defesa da categoria. Na Paulista, a Confederação também se posicionou dando seu recado ao engrossar o coro dos que não aceitam a EAD – Educação à Distância como forma de ensino na graduação para enfermagem. “Esta situação poderá acarretar a desumanização da profissão e, em alguns casos, comprometer o processo de qualificação deste profissional. É a enfermagem que cuida, acolhe, ouve e que está ao lado do paciente. Estes profissionais merecem ser valorizados e ter acesso a formação cada vez mais qualificada, “ destaca.

 

Neuza Freitas é outra liderança mineira que participou do ato e que, como a secretária geral da Confederação, fez uso do microfone para defender as pautas da categoria. Também como representante do Fórum Nacional da Enfermagem, percorreu várias cidades do estado para mobilizar os trabalhadores. O ato unificado trouxe mais visibilidade sobre as pautas da enfermagem e as questões de valorização dos profissionais e de defesa do SUS com mais qualidade. Mencionou em seu discurso que um grande número de trabalhadores ganha até um salário mínimo. São profissionais que realizam investimentos em estudo e qualificação por ter a necessidade de uma formação contínua.

 

Outra situação destacada por ela é que os trabalhadores da enfermagem possuem quase sempre duplo e até triplo vínculo de emprego por conta dos baixos salários. Outro diagnóstico importante é que as mulheres são maioria em quase 80% das equipes de saúde espalhadas pelo país. E que também são, em sua maioria, chefes de família. “Estivemos no ato em grande número porque o trabalho de mobilização uniu o Sindicato e os Conselhos de Enfermagem. Não é só a pauta dos sindicatos que ocupa a nossa luta. Temos as pautas de nosso interesse paradas no Congresso Nacional e temos que lutar para que elas avancem. Faremos uma avaliação mais detalhada na reunião de junho no Fórum Nacional, mas já é consenso que atingimos o objetivo que nos propomos com o ato unificado em São Paulo. Nosso próximo desafio e avançar nas discussões com a Câmara e com o Senado para destravar nossas reivindicações,” conclui Freitas.

 

A secretária de Políticas Sociais da Confederação, Cláudia Ribeiro Franco, foi outra das lideranças da CNTSS/CUT que fez uso do carro de som para denunciar a realidade vivida pelos trabalhadores e cobrar das autoridades as medidas necessárias para um bom desempenho dos trabalhos realizados com os usuários dos sistemas de saúde. Segundo a dirigente, a enfermagem evoluiu muito e agrega no seu cotidiano conhecimentos científicos apreendidos pelos trabalhadores em virtude de seus esforços de procurar sempre aprender as novidades. Considera que as autoridades e os patrões devem valorizar este esforço e atender às demandas dos enfermeiros por melhores salários e condições de trabalho.

 

 

Clique sobre a imagem e assista a fata

 

“Precisamos que os projetos que estão no Congresso Nacional em favor da categoria sejam votados. É preciso que saiam do papel e se tornem realidade para trazer mais dignidades aos trabalhadores. Precisamos ter a garantia de nossa aposentadoria especial, da jornada de trabalho de 30 horas, o piso salarial nacional para a enfermagem. Somos mais de dois milhões de trabalhadores e precisamos ser respeitados e valorizados. Lutamos pela defesa do SUS com qualidade. Nós escolhemos cuidar dos outros e queremos fazer isto com qualidade e sendo valorizados. Nós temos que ficar unidos para conquistar as pautas que reivindicamos,” registra Cláudia Ribeiro Franco.

 

O ato teve início com a concentração no vão do MASP – Museu de Arte de São Paulo. Enquanto os manifestantes chegaram para a passeata que se estenderia até a Praça Roosevelt, passando pelos trechos das avenidas Paulista e Consolação, as lideranças já utilizavam o sistema de som para defender as bandeiras da enfermagem. Durante todo o percurso foi possível a manifestação dos trabalhadores. Ao final da caminhada, o encerramento se deu com um novo ato em frente à Praça Roosevelt.

 

 

Clique sobre a imagem e veja trecho da passeata

 

Fórum Nacional: O Fórum Nacional da Enfermagem é resultado da luta dos trabalhadores e suas entidades para conquistar a valorização destes profissionais a partir da articulação e mobilização em favor das pautas de interesse da categoria, que possui importante papel dentro das estruturas de saúde nas esferas pública e privada.

 

A expectativa dos organizadores é que este debate nacional sobre a valorização e a qualificação das redes possa ter o envolvimento da sociedade tendo em vista o seu papel de usuária e beneficiária das ações de saúde. A importância da enfermagem extrapola os cuidados técnicos em saúde e tem forte representação em ações das mais variadas que dão maior qualidade de vida à população.

 

Além da CNTSS/CUT, fazem parte do Fórum o COFEN -  Conselho Federal de Enfermagem; a CNTS – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde, a FNE - Federação Nacional dos Enfermeiros, a ABEN - Associação Brasileira de Enfermagem, a ANATEN – Associação Nacional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem, e a ENEENF - Executiva Nacional dos Estudantes de Enfermagem.

 

 

 

José Carlos Araújo

Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

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