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CNTSS/CUT representa mulheres da Seguridade Social em lançamento da Jornada de Lutas

02/03/2018

Uma importante pauta em defesa da democracia e dos direitos marcará a agenda de lutas proposta pela Jornada para acontecer em todo Estado de São Paulo até primeiro de maio

Escrito por: Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

 

A histórica sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, em São Paulo, espaço de tantas lutas dos trabalhadores, foi o lugar escolhido para o lançamento da “Jornada de Luta das Mulheres em Defesa da Democracia e dos Direitos”. O evento, que aconteceu no sábado, 24/02, reuniu mulheres trabalhadoras de várias categorias profissionais, lideranças políticas, sindicais e de movimentos sociais. A Jornada, que é uma iniciativa da Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT – Central Única dos Trabalhadores de São Paulo, em parceria com a CUT Nacional e movimentos de mulheres, pretende percorrer cidades do Estado de São Paulo até o dia 1º de maio, Dia do Trabalhador.

 

A proposta é ampliar o diálogo com os trabalhadores e trabalhadoras e a sociedade tendo como principais focos a retomada da Democracia e a defesa dos direitos trabalhistas e sociais. Para tanto, será construída uma ampla agenda com atividades diversas como seminários, atividades culturais, rodas de conversas e momentos de formação que busquem refletir sobre o golpe que levou ao poder o ilegítimo Temer e o projeto ultraconservador e neoliberal de eliminação de direitos que põe em risco a soberania nacional. Há a perspectiva que a experiência de São Paulo possa ser reproduzida em outros Estados.

 

As mulheres pretendem ocupar todos os espaços possíveis na sociedade para denunciar os retrocessos impostos neste duro período de um ano e meio de golpe. Inúmeras foram as medidas tomadas por Temer contrárias aos interesses dos trabalhadores, mas deve-se destacar a EC 95, que congela por 20 anos investimentos nas áreas sociais; a legislação sobre Terceirização; a Contrarreforma Trabalhista, que também atinge fortemente os direitos conquistados pelas mulheres; além de pautas conservadoras como o Estatuto do Nascituro, que impede aborto até em casos de estupro. Há ainda a proposta da Contrarreforma da Previdência que se mantém nos planos do governo federal.

 

As mulheres da Seguridade Social, das áreas da Saúde, Previdência e Assistência Social, foram representadas no lançamento da Jornada por lideranças da CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores da Seguridade Social. Estiveram no ato a secretária de Saúde do Trabalhador e secretária Geral Adjunta da CUT Nacional, Maria Aparecida Faria, a tesoureira, Célia Regina Costa, a diretora Executiva e secretária de Combate ao Racismo da CUT Nacional, Maria Júlia Nogueira, e a presidenta do SINPSISP – Sindicato dos Psicólogos de São Paulo, Fernanda Magano.

 

 

As entidades filiadas à Confederação vão integrar às suas agendas as ações da Jornada para discutir com suas bases as preocupações e propostas que serão apresentadas pelos coletivos de mulheres. Também será um momento privilegiado para demonstrar os ataques diretos feitos contra a Seguridade Social e que atingem fortemente as mulheres. Muitas das políticas públicas de direito voltadas às mulheres já estão comprometidas por conta das medidas tomadas por Temer. É um período especial de defesa das conquistas obtidas e das políticas de Seguridade Social garantidas na Constituição Federal Cidadã de 1988.

 

Para a tesoureira da Confederação, Célia Regina Costa, a proposta é importante e acontece em um momento em que a sociedade vem sofrendo ataques contra os direitos e a democracia desde que o golpe levou ao poder Michel Temer. “Vamos, neste primeiro momento, estender este processo até 1º de maio, Dia do Trabalhador. Teremos um debate intenso preparatório ao 8 de março, Dia Internacional da Mulher, com a finalidade de denunciar a violência de gênero, o feminicídio e os retrocessos nas políticas públicas voltadas às mulheres. Discutiremos o país neste contexto de golpe e a atual realidade que vivemos. A Jornada será um momento muito importante na luta das mulheres,” afirma.

 

As coordenadoras da Jornada também querem pôr em discussão a sub-representação feminina nas esferas de Poder. As eleições estão entre os grandes eventos nacionais deste ano. Um período propício para cobrar dos candidatos o posicionamento sobre temas de interesse das mulheres, assim como debater a representatividade e a participação efetiva das mulheres no pleito que se aproxima. As mulheres devem colocar em discussão, por exemplo, o aumento dos casos de feminicídio, o avanço do conservadorismo e o aprofundamento da crise econômica, onde a desigualdade de gênero no mercado de trabalho é cada vez mais cruel.

 

A defesa da democracia pressupõe a realização de uma eleição totalmente livre e soberana em que não se admita o retrocesso proposto com o impedimento da candidatura do campo democrático e popular representada na figura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Este debate cidadão deve ser enfrentado e colocado em prática neste momento em que a sociedade pode fazer uso do sufrágio universal para ver respeita suas opções. O aviltamento da soberania do voto popular de 54,5 milhões de eleitores levou a impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Não podemos deixar que este crime contra a Democracia aconteça novamente. A intensão das elites brasileiras e, sem dúvida nenhuma, manter em curso o golpe que vem destruindo nosso país.  

 

 

José Carlos Araújo

Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

 

 

 

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