CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > DESTAQUES > SINDSAÚDE MG PARTICIPA DA CRIAÇÃO DA FRENTE MINEIRA EM DEFESA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
02/08/2016
A Frente Mineira em Defesa do SUS e da Democracia foi lançada na quinta-feira, 28/07, na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de MInas Gerais, em Belo Horizonte, em Plenária que contou com a presença de 72 entidades ligadas a movimentos sociais e de trabalhadores e políticos. Durante a Plenária, os participantes falaram em nome dos dez grupos formados para discutir as ameaças que rondam o SUS neste momento em que o país vive um golpe parlamentar-jurídico-midiático.
Os grupos deram várias sugestões para colocar a luta em defesa do SUS em campo. As ações começaram na manifestação de 31 de julho, domingo, na Praça Sete de Setembro. Foram realizadas oficinas de criação de cartazes e conscientização da população sobre o que o povo pode perder com os ataques ao SUS. A ideia é expandir esse esclarecimento, realizando aulões e intervenções teatrais em ruas e bairros, nas salas de espera de centros de saúde, acionar associações de moradores e igrejas, por exemplo.
Também será confeccionada uma cartilha de esclarecimento aos trabalhadores e usuários do SUS. Foi lembrado que os jovens estão indignados com o projeto “Escola Sem Partido” e que ações conjuntas com a saúde podem ser agendadas. “Esses meninos da educação querem debater”, disse o diretor do SindSaúde MG, Érico Colen.
Neuza Freitas, diretora do SindSaúde MG que participou da Coordenação do Ocupa SUS no prédio do Ministério da Saúde, em Belo Horizonte, pediu urgência nas ações. Um vídeo mostrando vários momentos da Ocupação do SUS, que durou 28 dias em Belo Horizonte e deu origem à proposta da criação da Frente em Defesa do SUS foi apresentado durante o evento. “No máximo dentro de uma semana temos que começar a definir o que será feito”, disse, acrescentando que o movimento em defesa do SUS tem de ir para as ruas.
Foi destacado que o Sistema Único de Saúde passa pelo momento de maior ameaça desde que foi criado, há 28 anos. Segundo a professora e pesquisadora do Departamento de Medicina Preventiva e Social da UFMG, Eli Iola Gurgel, a determinação do governo interino, de desvincular as despesas sociais da Constituição por 20 anos é absurda.
Foi consenso entre os participantes que o meio milhão de trabalhadores do SUS constitui uma grande força de resistência contra as ameaças de desmantelamento. “170 milhões de brasileiros dependem do SUS e essa é uma força que também precisa ser considerada nesse momento”, mencionou o professor Thomaz Matta Machado.
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