CNTSS/CUT participa de Plenária dos Sindicalistas com Lula e em prol da democracia e contra o golpe

Dirigentes da CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social participaram nesta quarta-feira, 23 de março, na Casa de Portugal, no centro da Capital paulista, da Plenária Nacional de Sindicalistas em Defesa da Democracia, do Estado de Direito e Contra o Golpe. Promovida pela CUT – Central Única dos Trabalhadores e CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, a plenária reuniu também sindicalistas e representantes da UGT, Força Sindical, CSB e Nova Central.

A direção da Confederação esteve representada por seu presidente, Sandro Alex de Oliveira Cezar, e sua secretária de Mulheres e secretária Geral adjunto da CUT Nacional, Maria Aparecida Faria, além de dirigentes de sindicatos filiados. A Casa de Portugal ficou repleta de lideranças, mais de mil pessoas, que vieram prestar solidariedade a Lula e definitivamente mostrar o repúdio contra o golpe que vem sendo promovido por setores reacionários da sociedade em conivência com os grandes meios de comunicação do país contra o governo da presidenta Dilma Rousseff.

A Plenária teve início com a apresentação de um vídeo onde lideranças sindicais de vários países demonstraram apoio ao ex-presidente Lula em virtude das graves agressões que ele e sua família tem sido vítimas. As lideranças mundiais fazem questão de lembrar o importante papel que Lula desenvolveu e vem desenvolvendo na geopolítica. É com esta certeza que todos fizeram questão de participara da campanha #LulaValeALuta. As manifestações de apoio podem ser vistas no site da CUT Nacional.

O ex-presidente Lula iniciou sua fala fazendo uma retrospectiva dos momentos em que a sociedade brasileira foi cortejada por golpes. Fez alusão aos períodos de Getúlio Vargas, Juscelino e João Goulart e como as forças reacionárias da sociedade se empenharam para interromper o processo de democratização e de consolidação de conquistas sociais. Para cada um destes momentos, os setores e segmentos sociais progressistas e os trabalhadores tiveram um papel fundamental para brecar a sanha pelo golpe.

Segundo Lula, os movimentos progressistas precisam manifestar solidariedade à presidenta Dilma que vem sendo agredida desde que foi reeleita para governar o país. Agressão que agora se configura como uma tentativa de golpe. Para ele é preciso lutar intensamente para manter a democracia em nosso país. Lembrou que se propôs ajudar o governo naquilo que mais gosta de fazer, ou seja, conversar com todas as forças políticas e sociais. “A economia se resolve amanhã ou depois, porém, evitar o golpe é hoje, “ afirmou o ex-presidente.

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, fez questão de mencionar em sua fala que o golpe também é contra os trabalhadores. Segundo ele, os grandes empresários, a oposição e a mídia querem tiram a presidenta Dilma Rousseff para que consigam aniquilar com a CLT – Consolidação das Leis do Trabalho. Para ele, é um golpe contra a democracia e também diretamente direcionado à extinção de direitos trabalhistas tão caros aos trabalhadores e conquistados com muita luta.

Também foi feita a apresentação do “Manifesto sindicalistas em defesa da democracia” às lideranças presentes ao ato. O texto foi lido pela vice-presidente da CUT Nacional, Carmem Foro. O documento foi aprovado por unanimidade.  O manifesto é bem incisivo ao deixar claro que: “é preciso garantir a democracia brasileira e o respeito à Constituição Cidadã. Impeachment sem crime de responsabilidade é golpe. A ameaça de golpe daqueles que querem rasgar a Constituição está aprofundando a recessão econômica e o aumento do desemprego no Brasil. Com isso, a democracia, os direitos da classe trabalhadora e a soberania nacional correm sério risco”. (veja a íntegra do manifesto logo abaixo)

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José Carlos Araújo

Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT