Seguridade Social amplia sua participação na direção da CUT a partir do 12º CONCUT

A CUT – Central Única dos Trabalhadores realizou na semana de 13 a 17 de outubro, no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, o seu Congresso Nacional, o 12º CONCUT. Um evento muito esperado pelos trabalhadores de todo o país. Foram mais de dois mil delegados e delegadas vindos das várias partes do Brasil para debater a conjuntura nacional e os desafios postos para a classe trabalhadora, tendo como referência o tema do Congresso: “Trabalho, Educação e Democracia”.  

A edição deste ano do Congresso Nacional da CUT contou com a presença da maior delegação internacional da história da Central, com 200 representantes oriundos de 60 países. A abertura oficial, em 13/10, contou com a participação da presidenta da República, Dilma Rousseff, e dos ex-presidentes do Brasil e Uruguai, respectivamente, Luiz Inácio Lula da Silva e Pepe Mujica. As mesas de debates reuniram expoentes do pensamento nacional e internacional para discutir questões nos campos político e econômico que permeiam a luta dos trabalhadores.

São informações iniciais que demonstram a importância do evento e o seu grau de comprometimento para a construção de um projeto para a Central defender na sociedade. De imediato, ficou explicito o fato de que a luta contra a atual política econômica está na ordem do dia da classe trabalhadora. Além do conteúdo programático rico por seus debates, dois momentos da agenda preparada para esta semana merecem destaque especial na perspectiva da organização da CUT Nacional. São eles a escolha da nova Direção e a aprovação do Plano de Lutas para os próximos quatro anos.

Pariedade é realidade

Este 12º Congresso também marcou por sua ousadia em reafirmar a paridade para composição da nova direção. Situação também presente nas demais instâncias cutistas. Para se ter uma ideia, o número de delegadas no CONCUT atingiu a cifra de 43% do total. Para a vice-presidenta da Central, Carmem Foro, reeleita para um novo mandato, a paridade é uma das boas novidades que a CUT trouxe para a luta dos trabalhadores. A Central, segundo ela, fica mais igualitária com esta medida. Outro aspecto destacado por ela tem a ver com a unidade manifestada durante todo processo de escolha das novas direções.

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Unidade e igualdade que também se vê presente na pluralidade percebida na composição da chapa vencedora. A direção eleita conta com uma participação muito maior dos Ramos. Em entrevista concedida ao site da CUT Nacional, a vice-presidenta destaca que “a inclusão de todos os Ramos na Executiva e na direção coloca a Central no patamar de uma organização verdadeiramente representativa da pluralidade de seus Sindicatos. O aumento da direção para garantir a presença de todos os Ramos significa muito. Do ponto de vista democrático, demonstra o fortalecimento da maior Central do país”.

O Ramo da Seguridade Social, capitaneado pela CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social, pôde observar o crescimento da sua representatividade. A Confederação contava com a participação de Maria Júlia Nogueira e Maria Aparecida Faria, nos cargos de secretária de Combate ao Racismo e secretária-geral adjunta, respectivamente. As duas dirigentes permanecem nos cargos, porém a entidade agregou dois novos nomes: Maria de Fátima Veloso Cunha, como secretária de saúde adjunta; e Juliana Sales de Carvalho, na direção Executiva.

A CNTSS/CUT tem dirigentes escolhidos para a Direção Plena da Central. Todos fazem parte da direção Nacional da Confederação, são eles: Sandro Alex de Oliveira Cezar, presidente; Célia Regina da Costa, secretária-geral; Cícero Lourenço da Silva, secretário de Políticas Sociais; e Cleidinir Francisca do Socorro, da direção Executiva. Estes são nomes e cargos já confirmados pela CUT Nacional. Ainda falta o término dos levantamentos feitos nos Estados para saber a real participação do Ramo da Seguridade Social também nas direções estaduais.

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O presidente reeleito da Central, Vagner Freitas, em sua fala feita logo após a escolha da nova direção, fez questão de saudar o trabalho dos companheiros que deixam a Direção e de dar as boas vindas a quem está chegando para somar forças. São 44 dirigentes vindos de todo o país representando as mais diversas categorias que vão compor o novo secretariado e direção Executiva.  Para ele, esta nova direção plural e renovada tem o desafio de aprofundar ainda mais as lutas em prol dos interesses e direitos da classe trabalhadora.

"Construímos a Central pensando em cada trabalhador e trabalhadora, os que estão nas roças e fábricas, nas escolas, nos bancos. É por isso que somos socialistas e temos classe. Somos uma Central para enfrentar os patrões. Uma Central que organiza a classe trabalhadora e enfrenta o capitalismo. A importância do movimento sindical está nos sindicatos de base. Agradeço aos nossos quatro mil sindicatos. A CUT não orienta os sindicatos, a CUT é orientada pelos sindicatos, que são os mais combativos do Brasil", destaca.

Freitas também fez questão de lembrar todos os delegados e delegadas presentes ao Plenário que é preciso estar alerta às tentativas golpistas de derrubar o governo eleito de forma democrática a partir do voto. A mídia golpista, neste momento, foi destaque da fala do dirigente cutista. A luta pela democratização da mídia é uma bandeira que a CUT defende permanentemente. “Não haverá democracia enquanto não houver a democratização dos meios de comunicação”, afirma.

José Carlos Araújo

Assessoria de Imprensa CNTSS/CUT