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CNTSS/CUT mobiliza sindicatos filiados para participação na 5ª Marcha das Margaridas

11/08/2015

Evento, que acontece entre 11 e 12 de agosto, deverá reunir cerca de 70 mil manifestantes vindas de todo os estados e de países vizinhos; mulheres da Seguridade Social devem marcar presença no evento

Escrito por: Assessoria de Imprensa CNTSS/CUT

 

 

O Distrito Federal será palco de uma grande manifestação de cidadania e de participação popular nestes dois próximos dias, 11 e 12 de agosto. Brasília sediará a 5ª Edição da Marcha das Margaridas. Este ano o tema é “Margaridas seguem em Marcha por Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade”. Os organizadores esperam uma participação de cerca de 70 mil pessoas, em sua absoluta maioria mulheres, vindas de todos os Estados e de cerca de 20 países.

 

O ex-presidente da República, Luis Ignácio Lula da Silva, confirmou a presença para a abertura. A presidenta da República, Dilma Rousseff, está sendo aguardada para o encerramento, quando os organizadores esperam que ela se comprometa com pontos da pauta elaborada pelas trabalhadoras. A Marcha é organizada pela CONTAG – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura e conta com a participação de 27 Confederações e 11 entidades parceiras. A CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social tem mobilizado seus sindicatos filiados para a participação no evento.

 

A Marcha, que marca a luta pelos direitos das mulheres, é considerada a maior manifestação desta natureza no mundo. O objetivo principal é a apresentação para a sociedade e para os governos de uma pauta de reivindicações forjada a partir das necessidades das mulheres trabalhadoras. Entre os principais pontos da pauta está o fim da violência contra a mulher e o combate ao uso dos agrotóxicos. Os organizadores observam que a Marcha acontece em um momento em que o país passa por uma onda conservadora e que este fenômeno atinge as mulheres.

 

Conforme entrevista veiculada para a divulgação da Marcha, a secretária de Mulheres Rurais da CONTAG, Alessandra Lunas, afirma que “nos últimos meses o conservadorismo em diversos setores da política tem dificultado o acesso das mulheres a uma série de direitos, como o direito a educação, participação igualitária na política e ocupação de cargos nas esferas decisórias do país – além de colocar em risco direitos sociais já conquistados e a própria democracia. Chegamos ao ponto de assistir a agressões machistas feitas à presidenta da República, sem nenhum pudor.”

 

A secretária de Relações do Trabalho, Maria de Fátima Veloso, representou a CNTSS/CUT na mobilização das entidades filiadas à Confederação. Há uma expectativa muito positiva da participação das mulheres da Seguridade Social de vários Estados na Marcha. Foram realizados eventos preparatórios para que fossem discutidas a realidade atual das mulheres trabalhadoras. Nestes momentos foram valorizadas questões como participação e unidade da luta, uma vez que a pauta representa as necessidades de todas as mulheres trabalhadoras. Para a secretária, esta 5ª Marcha contempla vários aspectos da luta das mulheres em todo o país.

 

“É importante e crucial o debate e apresentação de propostas sobre a questão da violência contra a mulher. Estamos completando nove anos da Lei Maria da Penha, mas ainda temos muitos casos desta natureza acontecendo em todo o país e vitimando mulheres das diversas classes sociais. Temos que manter esta pauta de discussão com toda a sociedade. Levaremos representantes de vários Estados para acompanhar a Marcha e contribuir com as discussões. Nosso compromisso pela Seguridade Social defende que as mulheres tenham mais direitos e mais participação com autonomia e poder para que tenhamos mais condições de transformação. A Seguridade Social é um tema que unifica,” desta Fátima Veloso.

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A primeira edição da Marcha das Margaridas aconteceu no ano de 2000. Teve a escolha desse nome em homenagem à trabalhadora rural e líder sindical Margarida Alves, assassinada em 1983. A proposta do movimento é ter como estratégia a conquista da visibilidade, reconhecimento social e político e cidadania plena. A marcha representa um momento de reafirmação política das mulheres, pautado na autonomia, democracia e combate às desigualdades e violência. Este ano a pauta de reivindicações possui mais de 400 itens. 

 

 

José Carlos Araújo

Assessoria de Imprensa CNTSS/CUT

 

 

 

 

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