Greve foi tema central da reunião realizada nesta segunda-feira, 13, entre CNTSS/CUT e Ministério da Previdência Social

Discutir a greve no INSS – Instituto Nacional do Seguro Social deflagrada por todo o país em 10 de julho e a pauta de reivindicações da campanha salarial foram os principais pontos da pauta da reunião realizada nesta segunda-feira, 13 de julho, envolvendo representantes do Ministério da Previdência Social e da CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social. O encontro aconteceu na sede do Ministério, em Brasília.

Participaram o presidente da Confederação, Sandro Alex Cezar, as secretárias de Comunicação e de Finanças, respectivamente, Terezinha de Jesus Aguiar e Francisca Alves de Souza, o diretor Executivo, Célio dos Santos, a secretária de Combate ao Racismo da CUT Nacional, Júlia Nogueira, Irineu Messias, Sindsprev/PE, Joaquim Antonio, Sindiprev/SE, e José Adriano, Sindisprev/DF. Representando o governo federal estavam o ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, a presidenta do INSS, Elisete Berchiol, o diretor de Gestão de Pessoas do INSS, José Nunes Filho, e assessores da Pasta.

O presidente da CNTSS/CUT deu início à reunião apresentando um panorama sobre a greve dos servidores do INSS que se alastra por todo o país. Para ele, a paralisação está acontecendo porque a proposta encaminhada pelo governo não foi considerado satisfatória frente às demandas dos trabalhadores. “Falta a concretização das negociações específicas do INSS, como exemplos, a incorporação das gratificações, turno de 30 horas e melhores condições de trabalho. É preciso estabelecer um processo de diálogo permanente para que possamos encontrar uma solução para a greve que satisfaça os anseios dos servidores”, afirma Sandro Cezar.

Foi lembrado ao ministro que o número de aposentadorias está aumentando a cada dia no Instituto. Este fenômeno vem crescendo mesmo sem que seja definida a questão da incorporação das gratificações.  A representante da CUT Nacional, Júlia Nogueira, destaca que “há uma angústia por parte dos servidores em todo o Brasil pela falta de condições de aposentadoria, pois aguardam a conclusão de acordo entre os representantes dos trabalhadores e do INSS”.

Paralela a está questão está o fato de que mesmo com a perda de mão de obra ainda ocorre um acréscimo cada vez maior de atribuições para os trabalhadores, como exemplo, a sobrecarga de tarefas por conta das rotinas pertinentes ao seguro defeso. Foi cobrada do ministro uma antiga reivindicação sobre a realização de concursos para suprir as necessidades do atual quadro de profissionais do Instituto.

Questões da rotina de trabalho do Instituto também foram lembradas no encontro. Terezinha Aguiar destacou que precisa ser diminuído o número de índices que comandam os turnos estendidos, hoje num total de onze. Este ponto específico ficou sob a responsabilidade do diretor de Gestão do INSS apresentar uma proposta que dialogue com esta necessidade apresentada pelos trabalhadores.

Apesar de reafirmar que está aberto ao diálogo, o ministro Gabas lembrou do “ajuste fiscal” e do corte de receita impostos pelo governo. Informou que acompanha pessoalmente junto ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão as discussões da pauta geral dos trabalhadores com a finalidade de achar uma solução rápida para a greve. Neste sentido, comentou da agenda que terá nesta terça-feira, 14, com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, para debater sobre as reivindicações dos servidores. 

Ao final da reunião foi proposta a realização de reuniões envolvendo os trabalhadores e o Ministério da Previdência para dar prosseguimento às discussões das demandas específicas dos servidores do INSS. Ficou agendado, assim, o próximo encontro para quinta-feira, 16 de julho.

José Carlos Araújo

Assessoria de Imprensa CNTSS/CUT