CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > DESTAQUES > DIRIGENTES E TRABALHADORES DA BASE DA CNTSS/CUT PARTICIPAM DAS MOBILIZAÇÕES EM BRASÍLIA PROMOVIDAS PELA CUT CONTRA O PROJETO DE LEI 4330
08/04/2015
Dirigentes da CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social e trabalhadores dos Sindicatos filiados à entidade estão representando as várias categorias profissionais do Ramo nos atos realizados em Brasília pela CUT Nacional, em parceria com Centrais Sindicais, contra o Projeto de Lei 4330 e seus efeitos nefastos para a classe trabalhadora. O PL em questão trata da terceirização e da precarização das relações de trabalho através da subcontração de serviços. Até as 16 horas desta quarta-feira, 8, fechamento desta matéria, o PL ainda não havia sido votado.
Estão representado a direção da Confederação o seu presidente, Sandro Cezar; a secretária de Mulheres, Maria Aparecida Faria, também secretária Geral adjunta da CUT Nacional; os diretores Executivos Luiz Carlos Vilar, José Bonifácio Santos, Renato Almeida de Barros e Mauro Plácido Ribeiro. Além do grupo de dirigentes, vários sindicatos filiados à Confederação enviaram trabalhadores da sua base para participarem dos atos em Brasília.
A ação dos trabalhadores cutistas teve início logo pela manhã da terça-feira, 07, com uma concentração na área de desembarque do Aeroporto Internacional Juscelino Kubistschek, de Brasília. Na ocasião, os manifestantes portavam cartazes e faixas contrárias ao PL 4330 que eram expostos aos parlamentares no momento da chegando de seus Estados. Os trabalhadores deixaram claro o descontentamento com o projeto de lei que flexibiliza as relações de trabalho favorecendo o empregador em detrimento do empregado.
Ainda pela manhã do dia 7, Vagner Freitas, presidente da CUT Nacional, tentou interceder em nome dos trabalhadores junto ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), para negociar o adiamento da votação do PL 4330. A resposta negativa do parlamentar veio acompanhada da ação truculenta de colocar policiais militares para reprimir a manifestação e evitar que qualquer manifestante pudesse circular livremente pelas galerias da Câmara.
Esta mesma Polícia Militar agiu de forma brutal contra dirigentes e militantes cutistas e de movimentos sociais que participavam de forma democrática e pacifica dos atos realizados na Esplanada dos Ministérios. O confronto com os policiais causou grande alvoroço e ferimentos em vários manifestantes. Uma atitude que foi veemente repudiada pelas lideranças sindicais, sociais e os demais trabalhadores presentes à manifestação, num total de cerca de quatro mil participantes.
De acordo com jornalistas cutistas que acompanhavam as manifestações, “policiais investiram contra um caminhão de som que deveria ser deslocado para próximo da entrada da Chapelaria, dando início a cenas de violência policial contra os dirigentes e militantes sindicais, com uso de bombas de efeito moral, gás de pimenta, arma de choque e cassetetes. Um manifestante foi gravemente ferido e está hospitalizado. Aos gritos de “Central Única dos Trabalhadores” e “recua, recua…”, os militantes resistiram e controlaram a situação, embora alguns militantes tenham sido presos, espancados e feridos,“ destacam os profissionais da imprensa.
Mesmo com esta reação inesperada, os trabalhadores mantiveram a mobilização e conseguiram com que a votação do PL fosse sendo postergada até o período da noite, quando, às 22 horas, os parlamentares favoráveis ao projeto decidiram dar continuidade aos trabalhos na manhã da quarta-feira, 08. Esta informação foi anunciada depois de muita pressão dos trabalhadores. As bancadas do PT, PSOL e PCdoB se colocaram contrárias ao PL 4330.
As lideranças e os trabalhadores iniciaram esta quarta-feira, 08, mobilizados novamente contra a votação do PL 4330 na Câmara Federal. Os manifestantes se reuniram nas proximidades do Anexo 2 da Câmara desde as 9 horas da manhã. Na tarde desta quarta-feira, um encontro reunirá os representantes da CUT, de outras Centrais e de entidades sociais para discutirem os rumos que o movimento deverá tomar em virtude da possibilidade de votação do Projeto ainda hoje, 08. Já está definido que será realizado um dia de paralisação nacional contra o PL 4330, com data a ser acertada na reunião desta quarta.
O forte esquema de segurança permanece armado para impedir que os manifestantes possam entrar na Câmara nesta quarta-feira. A polícia militar, o Batalhão de Choque e a polícia legislativa estão a postos para prosseguir com o amplo esquema de segurança iniciado na terça-feira (7). Chegaram ao ponto de fechar com tapumes de madeira vários dos acessos à Câmara.
De acordo com informações da CUT, a proposta do presidente da Câmara é que as emendas ao PL 4330, num total de 20 propostas de alterações, sejam votadas na terça-feira, 14. Caso seja aprovado na Câmara, o projeto vai ao Senado, com votação em dois turnos. Sem alterações, o PL vai para a sanção presidencial. Os representantes de partidos políticos que são contrários ao projeto de lei 4.330 realizarão nesta quarta-feira, à tarde, ato político do lado de fora do anexo II da Câmara.
Assessoria de Imprensa CNTSS/CUT com informações CUT Nacional e CUT DF
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