CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > DESTAQUES > DIA NACIONAL DE LUTA PROMOVIDO PELA CUT E MOVIMENTOS SOCIAIS MOBILIZA TODO O PAÍS
16/03/2015
Com bandeiras de lutas por mais democracia, pelos direitos dos trabalhadores, reforma política e em defesa da Petrobras milhares de trabalhadores e cidadãos brasileiros puderam exercer sua cidadania de forma pacífica e em defesa do país. Um forte recado foi dado àqueles que querem burlar a democracia e que estimulam ações truculentas e de caráter golpista. As entidades filiadas à CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social participaram ativamente dos atos chamados pelas CUTs Estaduais para o Dia Nacional de Luta.
Em entrevista publicada pela CUT Nacional, o presidente da entidade, Vagner Freitas, considerou positiva a manifestação ocorrida na Paulista: “Os movimentos e, em especial, a CUT, demonstraram a capacidade de mobilização, de intervenção na conjuntura e de trazer pessoas para defender os seus direitos. A Central deu o recado de que agora precisa acabar o processo de 3º turno para que a presidenta Dilma possa governar. Mas que governe ouvindo o povo, colocando em prática a agenda que ganhou as eleições. Temos que ter a valorização da negociação e do diálogo no país e o entendimento que o desenvolvimento só virá com melhores condições de vida e emprego para o trabalhador”, afirmou o presidente nacional da CUT.”
O ato político, que teve início às 15 horas, em frente à sede da Petrobras, na avenida Paulista, teve a fala de várias lideranças sindicais e sociais que fizeram uso do carro de som para defender a empresa e as demais bandeiras de lutas que faziam parte das reivindicações dos trabalhadores. Foi denunciado por todos o papel que empresas e veículos de comunicação nacionais e estrangeiras vem desenvolvendo para enfraquecer a Petrobras com a finalidade de privatizá-la. Hoje são mais 1,5 milhão de empregos que giram em torno da indústria de petróleo.
Na sequencia, foi dado início ao trajeto que passou em frente ao MASP – Museu de Arte de São Paulo, onde os trabalhadores filiados à APEOESP - Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, que estavam em Assembleia, puderam se unir aos demais participantes da caminhada. Outra categoria que se somou ao ato foi a dos servidores estaduais da Saúde, do Sindsaúde SP - Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo, que também estavam em assembleia em frente a sede Secretaria Estadual de Saúde e foram em passeata até a avenida Paulista. O roteiro puxado por vários carros de som inclui a avenida Consolação até a chegada na Praça da República.
Clique aqui e veja o vídeo com imagens da Manifestação na Paulista
Veja a integra do Manifesto dos Movimentos Sociais sobre o Dia 13 de Março – Dia Nacional de Luta:
" Um dos maiores desafios dos movimentos sindical e social hoje é defender, de forma unificada e organizada, o projeto de desenvolvimento econômico com distribuição de renda, justiça e inclusão social. É defender uma Nação mais justa para todos.
Defender os Direitos da Classe Trabalhadora
A agenda dos trabalhadores que queremos ver implementada no Brasil é a agenda do desenvolvimento, com geração de emprego e renda. Governo nenhum pode mexer nos direitos da classe trabalhadora. Quem ousou duvidar da nossa capacidade de organização e mobilização já viu do que somos capazes. Defender os trabalhadores é lutar contra medidas de ajuste fiscal que prejudicam a classe trabalhadora. As MPs 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro desemprego, ao abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença, são ataques a direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora. Se o governo quer combater fraudes, deve aprimorar a fiscalização; se quer combater a alta taxa de rotatividade, que taxe as empresas onde os índices de demissão imotivada são mais altos do que as empresas do setor, e que ratifique a Convenção 158 da OIT. Lutaremos também contra o PL 4330, que da maneira como está imposto libera a terceirização ilimitada para as empresas, aumentando o subemprego, reduzindo os salários e colocando em risco a vida dos/as trabalhadores/as.
Defender a Petrobrás
Defender a Petrobrás é defender a empresa que mais investe no Brasil – mais de R$ 300 milhões por dia – e que representa 13% do PIB Nacional. É defender mais e melhores empregos e avanços tecnológicos. É defender uma Nação mais justa e igualitária. Defender a Petrobrás é defender um projeto de desenvolvimento do Brasil, com mais investimentos em saúde, educação, geração de empregos, investimentos em tecnologia e formação profissional. Defender a Petrobrás é defender ativos estratégicos para o Brasil. É defender um patrimônio que pertence a todos os brasileiros e a todas as brasileiras. É defender nosso maior instrumento de implantação de políticas públicas que beneficiam toda a sociedade. Defender a Petrobrás é, também, defender a punição de funcionários de alto escalão envolvidos em atos de corrupção. Exigimos que todos os denunciados sejam investigados e, comprovados os crimes, sejam punidos com os rigores da lei. Tanto os corruptores, como os corruptos. A bandeira contra a corrupção é dos movimentos social e sindical. Nós nunca tivemos medo da verdade. Defender a Petrobrás é não permitir que as empresas nacionais sejam inviabilizadas para dar lugar a empresas estrangeiras. Essas empresas brasileiras detêm tecnologia de ponta empregada na construção das maiores obras no Brasil e no exterior.
Defender a Democracia – Defender Reforma Política
Fomos às ruas para acabar com a ditadura militar e conquistar a redemocratização do País. Democracia pressupõe o direito e o respeito às decisões do povo, em especial, as dos resultados eleitorais. A Constituição deve ser respeitada. Precisamos aperfeiçoar a nossa democracia, valorizando a participação do povo e tirando a influência do poder econômico sobre nosso processo eleitoral. Para combater a corrupção entre dirigentes empresariais e políticos, temos de fazer a Reforma Política e acabar de uma vez por todas com o financiamento empresarial das campanhas eleitorais. A democracia deve representar o Povo. Não cabe às grandes empresas e as corporações aliciar candidatos e políticos para que sirvam como representantes de seus interesses empresariais em detrimento das necessidades do povo. No dia 13 de março vamos mobilizar e organizar nossas bases, garantir a nossa agenda e mostrar a força dos movimentos sindical e social. Só assim conseguiremos colocar o Brasil na rota de crescimento econômico com inclusão social, ampliação de direitos e aprofundamento de nossa democracia. Estamos em alerta, mobilizados e organizados, prontos para ir às ruas de todo o país defender a democracia e os interesses da classe trabalhadora e da sociedade sempre que afrontarem a liberdade e atacarem os direitos dos/as trabalhadores/as. Não aceitaremos retrocesso! "
José Carlos Araújo
Assessoria de Imprensa CNTSS/CUT
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