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27/05/2014
Os servidores estaduais da saúde de Minas Gerais deram início nesta terça-feira (27/05) a greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada após a falta de negociações em relação à pauta de reivindicações da categoria. Os servidores se reuniram em frente ao Hospital João XXIII e, por volta de 10 horas, seguiram em passeata no centro da Capital. O grande ato que marcou o início da greve terminou às 12 horas com um abraço simbólico na Praça Sete.
Durante a passeata, houve muitas manifestações de apoio da população. Os deputados estaduais Rogério Correia e Adelmo Carneiro Leão estiveram presentes na primeira atividade de greve e afirmaram que irão agendar audiência pública na Assembleia Legislativa para intermediar as negociações e para que os trabalhadores denunciem o que ocorre com a saúde em Minas Gerais.
O auditor fiscal e ex-presidente do Sindicato dos auditores fiscais de Minas Gerais (Sindifisco), Lindolfo Fernandes, também manifestou apoio aos servidores da saúde. Segundo ele, o governo mineiro é 24º estado em investimentos em saúde. O baixo índice no ranking não é o mesmo se comparado em gastos com publicidade e os números da dívida do governo. Lindolfo Fernandes apresentou dados que mostram que Minas é o segundo estado mais endividado do país. “Apoio o movimento dos servidores da saúde. Trabalhador não pode ter uma tirinha que reajusta os preços como acontece no mercado, a gente remarca nossos salários é com greve, esse é nosso mecanismo.“ afirmou Lindolfo.
O Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG) protocolou em fevereiro deste ano o documento para iniciar as negociações, dentre os pontos estabelecidos, muitos são de acordos não cumpridos pelo governo estadual e outros desdobramentos de reivindicações antigas dos servidores.
Entre as exigências da categoria, estão à redução da jornada de trabalho sem redução salarial, revisão do plano de carreira, com menor tempo para promoção por escolaridade, e, isonomia nas gratificações das diversas carreiras da saúde.
A ameaça de reajuste zero pelo terceiro ano consecutivo também preocupa os servidores. O governo estadual sinalizou em reunião que em outubro, quando acontece a data-base do funcionalismo estadual, poderá não haver reajuste devido à eleição. O Sindicato contesta esta informação, já que a lei não proíbe reajuste da inflação ou dentro da revisão anual, fato que enquadra a política remuneratória criada pelo governo.
A pauta de reivindicações está nas mãos do novo secretário de saúde, José Geraldo de Oliveira Prado, que ficou de dar uma resposta, mas até o momento nada foi repassado. Os servidores sinalizaram o risco de greve desde o dia 25 de março.
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