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Nove milhões têm atendimento insatisfatório de planos de saúde

12/08/2009

Matéria publicada pela Gazeta do Povo, do Paraná , na terça-feira (11/08) revela que cerca de nove milhões de usuários de planos de saúde são atendidos por operadoras cujos serviços são...

Escrito por: Fonte – SindSaúde/PR

Nove milhões têm atendimento insatisfatório de planos de saúde
Para o SindSaúde, isto ocorre porque o mercado da saúde está, s sempre estará, unicamente interessado no lucro. Para empresas privadas a saúde de sua clientela é mais um produto a gerar lucro.

Cerca de 15% da população brasileira tem plano de saúde e, ao aderirem a um convênio, estaõ confiantes de que terão acesso a todos os serviços médicos e hospitalares - o que pouquíssimas vezes acontece. Para essas empresas, as pessoas não passam de cifras e, quanto menor o atendimento prestado, mais dinheiro se ganha.

Os trabalhadores do SUS conhecem essa realidade e se posicionam na linha de frente para afirmar que a saúde é direito de todos, e não esmola do Estado. É por isso que o SindSaúde defende: servidor valorizado é garantia de qualidade no SUS. O sindicato quer um Sistema Único de Saúde forte e completo e luta para que os servidores da saúde tenham seus direitos respeitados, pois é assim que começa a se fortalecer a saúde pública.

Leia o texto publicado na Jornal a Gazeta do Povo

Nove milhões têm atendimento insatisfatório de planos de saúde
Operadoras com alto índice de insatisfação pelo consumidor terão foco maior de fiscalização. Clientes podem trocar de plano sem carência caso contrato tenha sido firmado antes de 1999.

Cerca de 9 milhões de usuários de planos de saúde médico-hospitalares são atendidos atualmente por operadoras consideradas insatisfatórias pela própria Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão responsável pela regulação do setor. Outros 1,379 milhão de clientes de planos odontológicos estão na mesma situação.

Esse grupo é atendido por empresas que tiveram o Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) variando de 0 a 0,39 (em uma escala de 0 a 1, sendo esse o melhor patamar). Esses dados estão no Programa de Qualificação das Operadoras de Planos de Saúde, referentes a 2008 e divulgados dia (10) pela ANS. Segundo o diretor-presidente da agência, Fausto Pereira dos Santos, são essas operadoras que terão um foco maior da fiscalização.

Santos diz que os fatores que mais pesaram para as notas ruins foram a baixa capacidade econômica da operadora para arcar com os serviços e a má gestão da assistência aos usuários. Mesmo assim, a avaliação global do setor foi positiva, porque 77% dos beneficiários são atendidos por empresas com índice acima de 0,4 "Observamos que a cada ano tem aumentado o porcentual de beneficiários nas operadoras mais bem avaliadas", diz Santos, destacando a concentração dos usuários no nível médio.

Cerca de 17,9 milhões de beneficiários dos planos médicos, quase 45,1% do total, têm contratos que ficaram na faixa entre 0,6 e 0,79 do IDSS. Só 104.087 pessoas contam com planos com avaliação no topo - entre 0,8 e 1.

O IDSS avaliou o desempenho de 1.480 das 1.707 operadoras de saúde que estavam ativas em 2008. O universo avaliado representa 86,7% do total de operadoras e 94,6% dos beneficiários de todo o País. Para pontuar as empresas, a ANS utilizou quatro critérios: a atenção dada à saúde, a situação econômico-financeira da operadora, a estrutura de atendimento e a satisfação dos clientes.

A ênfase foi dada aos dois primeiros itens, que respondem por 80% da nota. Eles mensuram, respectivamente, a qualidade do serviço prestado e a garantia de atendimento que a empresa oferece aos associados - e foi justamente nesse segundo quesito que os planos de saúde mais derraparam. "Ao avaliar a situação econômica da operadora, a ANS está ponderando se a empresa tem reservas financeiras suficientes para, em caso de quebra, continuar pagando os fornecedores e mantendo o atendimento aos segurados até que sua carteira de clientes seja transferida para outra operadora", explica Pedro Fazio, consultor especializado no mercado de saúde suplementar. "Portanto, se muitas empresas estão com notas baixas nesse quesito a situação é preocupante."

Para Pereira, o aumento da concorrência e facilidades, como a possibilidade para os contratos firmados a partir de 1999 de trocar de plano sem carência (portabilidade), podem explicar o movimento em direção aos planos com melhor avaliação. Mas ele também destaca a valorização do índice pelas operadoras como instrumento de marketing. "Elas viram que pode ser um diferencial importante no mercado e passaram a ter mais preocupação com as avaliações." A ANS não faz um ranking das operadoras do País.




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