No mesmo dia em que a Câmara dos Deputados aprovou a ratificação da Convenção 151, centenas de servidores públicos federais no Distrito Federal mais uma vez tomaram a Esplanada dos Ministérios nesta quinta-feira (1º) para pressionar pelo cumprimento dos acordos feitos com o governo. A intenção era de que o ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, recebesse os representantes dos servidores e estabelecesse um cronograma de negociação. Entretanto, o ministro da pasta sequer informou o motivo do não atendimento aos sindicalistas.
Além dos servidores federais no DF, servidores de pelo menos 25 estados pararam nesta quinta-feira. A argumentação dos trabalhadores é que a Lei Orçamentária Anual enviada pelo Executivo ao Congresso Nacional não prevê nenhum novo reajuste ao funcionalismo. "O caminho é esse, o da mobilização, da luta e da indignação", disse o secretário de Políticas Sindicais da CUT-DF, Ismael José, de cima do carro de som.
O calendário de luta dos servidores públicos federais ainda prevê paralisação de 48 horas nos próximos dias 15 e 16 de outubro, ato público nacional em Brasília no dia 22 e indicativo de greve por tempo ilimitado no dia 10 de novembro. "Se não resolver será greve geral", alertou o presidente do Sindsep-DF, Oton Nascimento.
Entre as reivindicações dos trabalhadores está a aprovação de planos de carreiras, a revisão de tabelas salariais, o reajuste do auxílio alimentação e da assistência à saúde e a garantia de paridade entre servidores da ativa, aposentados e pensionistas.
Foto: Marcello Casal/ABr