Foram precisos sete meses de negociações para construir um PCCV da saúde. As negociações foram feitas em uma comissão formada por oito representantes - quatro nomeados pelo secretário Gilberto Martin, outros quatro pelo SindSaúde. O sindicato levou para a mesa de negociação as reivindicações dos servidores e as propostas construídas coletivamente em diversas plenárias, assembleias e reuniões realizadas em todo o Estado.
Depois disso, foram mais seis meses de cobrança, mobilizações e busca de negociações para tornar lei o projeto escrito pela secretaria e pelo sindicato e implantar o PCCV da saúde.
Portanto, já se passou mais de um ano de intensa luta pela valorização e um futuro melhor para o conjunto dos servidores.
Em 15 de setembro, após a insistência do sindicato, o secretário Gilberto Martin finalmente recebeu a equipe sindical. Uma análise sobre o PCCV foi prometida pelo secretário para o dia 30 de setembro. Ela veio, mas em nada atende às reivindicações.
Confira aqui alguns exemplos:
Pela lei nº 13.666, aprovada pelo governo Lerner, os servidores que ocupam as funções de auxiliar de laboratório, agente de saneamento e atendente de farmácia que entraram em funções de 2º grau passaram a receber como 1º grau. O sindicato sempre defendeu a correção desse erro histórico; o secretário Gilberto Martin não.
É bom lembrar que os auxiliares de laboratório, os agentes de saneamento e os atendentes de farmácia deram o sangue durante as crises de dengue e, mais recentemente, da gripe A. A lógica da Sesa parece ser a seguinte: nos momentos de crise na saúde, o trabalho dos servidores importa e somos necessários. Já na hora de reconhecer e corrigir erros históricos por meio do Plano de Carreira, a resposta é não.
O servidor que faz um curso tem de aguardar quatro anos para ter a promoção. Porém, todos sabem que é tempo demais para ver toda a dedicação, esforço e conhecimento transformados em melhores salários. O sindicato vê essa realidade e, por isso, propôs a diminuição desse tempo. Na proposta negociada,a cada ano o servidor poderia apresentar seu certificado para avançar na carreira. O secretário não defende esse avanço, e mantém os quatro anos em seu posicionamento.
Também atendendo aos pedidos dos servidores, na proposta sobre a GAS negociada com a equipe definida pelo secretário Gilberto Martin, a gratificação se transforma em adicional. Essa mudança tem um efeito jurídico a favor dos servidores, pois permite levar o valor do adicional ativo em saúde para a aposentadoria. Quem não quer levar o valor da atual GAS para a aposentadoria? É claro que todos os servidores filiados ao sindicato querem - menos o “servidor” Gilberto Martin, que não defende essa proposta.