Sindicato dos Médicos entra com representação contra o Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho
O Sindicato dos Médicos de São Paulo entrou com representação contra o Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho pelas “gritantes irregularidades administrativas verificadas e pela desassistência aos portadores de tumores malignos ali atendidos”.
“O que a nova direção do Instituto está fazendo é um crime contra a saúde pública, devendo responder por improbidade administrativa e pelas vidas que está colocando em risco”, declarou o presidente do Sindicato, Cid Carvalhaes, pedindo urgência da Justiça na apuração das responsabilidades e punição dos culpados.
Dos cerca de 85 profissionais do corpo clínico do Instituto, 40 foram demitidos por não se submeterem ao assédio moral e a coerção da direção. “A proposta deles era que os médicos contratados como CLT abrissem mão deste direito e passassem a ter um contrato de prestação de serviço como pessoa jurídica. Quem não concordou, além de ser demitido, não recebeu nada de indenização até o momento”, informou Cid.
Segundo o Sindicato, desde o dia 4 de janeiro a instituição privada, que tem convênio com o Sistema Único de Saúde para atender tumores malignos, está sem um corpo regular de anestesistas. “Assim, cerca de 100 pacientes com os mais variados cânceres, de próstata, tumores abdominais, fígado, intestino, útero e ovário estão aguardando na fila”.
Por representação da Ameresp (Associação dos Médicos Residentes do Estado de São Paulo) junto com a Comissão Nacional de Residência Médica, os programas de residência do Instituto também serão alvo de vistoria para verificação de possíveis irregularidades.