CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > DESTAQUE CENTRAL > ENTIDADES PROTESTAM CONTRA CAOS NA SAÚDE PÚBLICA DE GOIÂNIA; MÉDICOS PARALISARAM POR 24H
13/03/2024
Na manhã desta quarta-feira (13), trabalhadores da saúde, usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), entidades da sociedade civil organizada, Conselhos, lideranças políticas, movimentos sociais e populares, realizaram um protesto na UPA da Chácara do Governador, em Goiânia. O objetivo foi denunciar o desmonte da saúde pública da capital e cobrar melhores condições de trabalho.
Durante o ato, foi lançado o Movimento “Juntos Pela Vida, Pelo SUS e Pela Saúde” com a proposta de chamar a atenção para o caos na saúde pública e barrar as tentativas de privatização. A mobilização também incluiu a paralisação dos médicos efetivos, credenciados e prestadores de serviços da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. A interrupção começou na manhã desta quarta-feira e durará 24h.
“O movimento que lançamos nesta quarta-feira é um ato de resistência. Escolhemos simbolicamente a UPA Chácara do Governador para denunciar o processo de privatização eminente. Mas a nossa luta vai além da privatização, vamos combater a omissão do poder público e lutar pelo direto à saúde de qualidade garantido pela Constituição Federal”, frisou a presidente do Sindsaúde, Néia Vieira.
Na ocasião, as lideranças sindicais dialogaram com a população que aguardava atendimento para explicar as motivações da manifestação. Néia Vieira justificou que é preciso combater o sucateamento do SUS promovido pelo poder público visto que isso cria um caos sistemático e artificial e que serve para justificar os repasses do dinheiro público para atender interesses particulares, por meio das Organizações Sociais (OS) e todas as outras formas de terceirizações.
Mudança de gestão
Trabalhadores e usuários da UPA Chácara do Governador obtiveram informações de que a prefeitura de Goiânia pretende transferir a gestão da unidade para a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc). A proposta é que, caso a transferência se concretize, o ambulatório da UPA que oferece múltiplos atendimentos seja substituído por outro que ofereceria apenas serviços em ginecologia. Essa pretensão gerou indignação entre servidores e a comunidade.
Participaram do ato nesta quarta-feira, além do Sindsaúde, dirigentes do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego); do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Goiás (Sieg); do Sindicato dos Farmacêuticos de Goiás (Sinfar); da Associação dos Servidores do Samu no Estado de Goiás; e o deputado estadual Mauro Rubem.
Fonte: https://encr.pw/z1O5Q
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