Diretora do SEESP participa do Comitê das Mulheres da ISP

O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP) participou ontem, 07/12, do comitê de mulheres da Internacional Serviços Públicos (ISP) Brasil, realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo — SP.

O encontro reuniu mulheres de diversas áreas no campo sindical e contou com a presença da secretária de enfrentamento à violência contra as mulheres, Denise Motta Dau. Durante seu discurso, abordou as urgentes necessidades enfrentadas por mulheres, especialmente mães solos, e destacou os embates das jornadas dupla de trabalho que muitas delas enfrentam diariamente.

Cada mulher presente teve a oportunidade de expressar suas ideias, e houve um diálogo significativo sobre a criação de uma rede de apoio. Discutiu-se amplamente a necessidade de tornar a Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e a Política Nacional de Cuidados no Brasil mais inclusivas, considerando diversos recortes sociais, como classe, cor, credo, entre outros.

A diretora do SEESP, Ivonildes Ferreira, abordou a necessidade de um olhar mais atento para as Enfermeiras que enfrentam longas jornadas de trabalho, muitas das quais são mães solo. Elas encontram dificuldades para equilibrar o tempo dedicado ao trabalho e o tempo dedicado ao cuidado e lazer com seus filhos. Ivonildes destacou a importância de reconhecer que essas profissionais também requerem cuidado e ressaltou a necessidade de as instituições estarem preparadas para lidar com esse desafio, incluindo a instalação de creches para apoiar seus funcionários.

Durante o encontro, o Secretário Regional do Brasil do Instituto de Serviço Público (ISP), João Cayres, destacou a significativa presença das mulheres no trabalho doméstico e ressaltou a falta de reconhecimento e remuneração que muitas delas enfrentam. Cayres enfatizou o impacto negativo que essa realidade tem no desenvolvimento dessas mulheres, sublinhando a necessidade urgente de abordar e corrigir essa disparidade no tratamento e compensação, a fim de promover uma sociedade mais justa e equitativa.

Por fim, o encontro abordou uma variedade de temas cruciais para o benefício das mulheres, incluindo a Lei n.º 1.085/2023 de Igualdade Salarial, a necessidade de combater a mentalidade misógina e as perdas resultantes de cortes governamentais em projetos que visam proteger os direitos das mulheres. Apesar do desmantelamento de programas, também surgiram raios de esperança ao destacar as mudanças significativas promovidas por mulheres presentes que atuam como agentes de transformação. O grupo refletiu sobre a necessidade de alterar mentalidades, especialmente aquelas associadas a homens com atitudes machistas, e propôs a reformulação de diretrizes em colaboração com o sistema judiciário brasileiro.

Fonte: https://l1nq.com/7QP6N