SEESP na 7ª Conferência Nacional de Saúde (CNS)

A temática central da 17ª Conferência Nacional de Saúde: “Garantir Direitos, defender o SUS, a Vida e a Democracia — Amanhã Vai Ser Outro Dia!” refletiu os desafios enfrentados pela saúde pública e a importância de garantir o acesso aos direitos fundamentais, em um contexto de preservação da vida e da democracia. Os diretores do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP) contribuíram ativamente para a promoção desses valores, trazendo suas experiências e perspectivas como profissionais da área da Enfermagem.

A conferência foi realizada de 2 a 5 de julho e teve a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e da ministra da Saúde, Nísia Trindade. Além deles, mais de 6 mil usuários, gestores e profissionais da saúde estiveram presentes. Durante a conferência, foram aprovadas 240 diretrizes e 1.190 propostas com o potencial de promover mudanças estruturais significativas no Sistema Único de Saúde (SUS).

A participação de Ivonildes Ferreira, secretária de assuntos de aposentados do SEESP, como delegada na 17ª CNS demonstra o compromisso do sindicato em garantir uma representação ativa e efetiva das Enfermeiras(os) em fóruns importantes de discussão e tomada de decisões na área da saúde. Através de sua contribuição, as vozes e demandas da categoria do estado de São Paulo foram representadas e consideradas durante as deliberações da conferência.

No contexto das discussões, Ana Firmino, secretária da mulher trabalhadora do SEESP, destacou os progressos no Brasil em relação à moção n.º 41 de apoio à Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Essa convenção, adotada em junho de 2019, trata da erradicação da violência e do assédio no ambiente de trabalho em todo o mundo. Seu propósito principal é assegurar um ambiente seguro e saudável para todas as pessoas, independentemente de seu gênero, e estabelece diretrizes para a prevenção e combate à violência e ao assédio no ambiente laboral.

Durante a conferência, destacou-se a importância de aumentar o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) para 6% do Produto Interno Bruto (PIB). O objetivo dessa medida é alcançar a autossuficiência do país na produção de medicamentos, mediante o apoio à construção do Complexo Econômico-Industrial da Saúde.

Francisca Valda, conselheira e membro da mesa diretora do Conselho Nacional de Saúde, enfatizou a sua importância ao afirmar que: “A maioria da população depende exclusivamente do SUS e o financiamento é insuficiente. Tivemos a proposta para alcançar 6% do PIB até 2027, juntamente com outras propostas relacionadas ao financiamento, incluindo o aumento do piso da saúde e o financiamento de áreas estratégicas para as redes de saúde em todos os 5.570 municípios.” Finalizou.

Além disso, houve ênfase na priorização dos recursos para a Atenção Primária à Saúde (APS). Também foi debatida a necessidade de desenvolver um plano de carreira e gestão pública do sistema, com o intuito de reduzir a participação das Organizações Sociais da Saúde (OSS) nos postos de saúde e hospitais.

Valdemir Vieira, diretor do SEESP, assumiu o cargo de relator da comissão, desempenhando função crucial na análise das contribuições dos participantes e na elaboração de relatórios que registraram as principais discussões e decisões realizadas durante a conferência. Esses relatórios desempenharam um papel fundamental ao orientar a implementação de propostas futuras e serviram como base para o desenvolvimento de políticas relacionadas à área da saúde, contribuindo para a representatividade e o fortalecimento da voz das Enfermeiras(os) na construção de políticas de saúde ao nível nacional.

O relatório preliminar da edição, considerada a maior da história, está previsto para ser aprovado nos dias 19 e 20 de julho, durante a votação no plenário da 344ª Reunião Ordinária do Conselho. Posteriormente, o relatório final será publicado em agosto.

Fonte: https://encurtador.com.br/bgqw0