Secretário de Saúde anuncia que entregará mais três unidades de saúde para o setor privado

O secretário de Saúde, Eleuses Paiva, demonstrou que o projeto de governo de Tarcísio de Freitas mantém a política de privatização da Saúde e anunciou que três equipamentos de saúde serão entregues para a gestão de Organizações Sociais (OS).

A declaração do secretário aconteceu durante a reunião de negociação, que foi realizada na tarde da última segunda-feira (3), na Secretaria de Estado da Saúde (SES), após o SindSaúde-SP questionar qual o projeto para a Saúde estadual.

Na ocasião, o Sindicato apresentou a pauta da Campanha Salarial 2023 e cobrou respostas em relação às reivindicações, o secretário afirmou que será uma nova reunião para debater apenas “questões salariais”.

Entre os principais pontos estão:

- reajuste salarial de 50%;

- aumento real de 5%;

- aplicação do Piso Nacional da Enfermagem;

- reajuste de 50% do Prêmio de Incentivo e a publicação do decreto para estabelecer o coeficiente, que garanta um reajuste anual do prêmio de incentivo;

- garantir a isonomia de todos(as) os(as) aposentados(as), estendendo os reajustes concedidos aos(às) trabalhadores(as) ativos também para os(as) aposentados(as) com e sem paridade;

- revogar a reforma administrativa, que acabou com as faltas abonadas e com o reajuste automático anual do Adicional de Insalubridade;

- retorno do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) para a secretaria de Saúde;

- abertura de novos concursos públicos tanto para os equipamentos da Administração Direta quanto para as autarquias e Iamspe;

-  e jornada de 30h para autarquias.

Reunião

Além do secretário de saúde, participaram da reunião o secretário executivo, Dr. Sérgio Yoshimasa Okane; o chefe de gabinete, Dr. Eudes Quintino de Oliveira Junior; a coordenadora da Coordenadoria de Recursos Humanos (CRH) da SES, Cida Novaes; e a assessora técnica da coordenadora da CRH, Fernanda de Freitas.

Pelo SindSaúde-SP, estiveram presentes a presidenta, Cleonice Ribeiro; o vice-presidente, Hélcio Marcelino; a secretária-geral, Célia Regina Costa; e o secretário de Administração e Finanças, Gervásio Foganholi; que contaram com a assessoria técnica da economista Joana Biava Cabete, da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O Sindicato quer estabelecer uma mesa de negociação permanente com pessoas que tenham poder de decisão, para discutir, não só o reajuste salarial e o piso da enfermagem, mas também diversos outros problemas que os profissionais estão enfrentando cotidianamente, como o processo de reavaliação do adicional de insalubridade, as licenças-médicas negadas e tantos outras dificuldades que, infelizmente, seguem se repetindo causando prejuízos aos(às) trabalhadores(as), além de desgaste físico e psicológico.

Mobilização

É extremamente importante que a categoria fique atenta ao andamento das negociações com o governo do estado, para garantirmos uma intensa mobilização caso seja necessário para garantir êxito neste processo em favor dos(as) trabalhadores(as).

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Fonte: https://bit.ly/43sTHtQ