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Protagonismo feminino: trabalhadoras da saúde e a mobilização sindical

08/03/2023

Quando se trata da área da saúde, as mulheres são a principal força de trabalho, compondo uma parte de 65% dos profissionais lotados no setor público e privado

Escrito por: Sindsaúde GO

 

A presença feminina na sociedade sempre esteve condicionada a desafios que ainda perduram na modernidade. No Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje, 8 de março, devemos relembrar a luta das mulheres pela igualdade de direitos que tanto marca a História da Humanidade e reverbera nos dias atuais.

 

Participação política feminina –Sabemos que a mulher exerce um papel fundamental no seio familiar, mas apesar disso sua participação social e política enfrenta obstáculos de opressão e violência. Até o início do século XX o voto era um direito exclusivo apenas dos homens, mais especificamente os ricos, em quase todos os países.

 

No século XIX, surgiu a primeira onda feminista para reivindicar a participação ativa das mulheres na política em meio às mudanças políticas em grande parte dos países ocidentais devido à restrição dos direitos civis que mantinha propósitos de segregação de gênero, raça, classe e escolaridade no eleitorado. Essas mulheres que se mobilizavam pelo direito feminino na participação política ficaram conhecidas como sufragistas.

 

No Brasil, o movimento do sufrágio feminino, que exigia o direito de votar e ser votada, teve sua conquista no século XX durante o governo Vargas em 1932, momento em que mulheres brasileiras alfabetizadas e assalariadas passaram a votar, mas os homens e mulheres analfabetos só puderam votar a partir de 1985.

 

Mulher e o mercado trabalho –A partir de desse contexto político, a situação da força feminina no mercado de trabalho não era nada diferente. De acordo com a socióloga Eva Alterman Blay, nos primeiros países a se industrializarem o trabalho realizado pela classe operária de homens, mulheres e crianças tinha uma jornada de 12 a 14 horas por dia em 6 dias na semana. No entanto, mulheres e crianças eram ainda mais exploradas, executavam as mesmas tarefas, mas não tinha o mesmo salário que os homens, e até meados de 1960 a luta sindical não batalhava em prol da igualdade salarial de homens e mulheres.

 

A profissional da saúde –Quando se trata da área da saúde, as mulheres são a principal força de trabalho, compondo uma parte de 65% dos profissionais lotados no setor público e privado, segundo os dados, divulgados em 2020, da Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde. Já os parâmetros baseados no Censo do IBGE mostram que algumas carreiras como Enfermagem, Psicologia, Nutrição, Fonoaudiologia e Serviço Social, a presença das mulheres ocupa percentuais acima de 80%.

 

Ainda assim, Silvia Regina, diretora da Secretaria de Assuntos de Gênero, Raça e Etnia do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde-GO), lembra que mesmo com esse protagonismo feminino na área da saúde ainda é preciso superar a questão da desigualdade de cargos e salários quando comparado aos homens.

 

 “Em cargos de concurso público os cargos e salários tendem a ser mais igualitários. Mas de forma geral, ainda existe disparidade dos cargos e salários das mulheres na área da saúde, principalmente quando nos referimos a mulheres mais vulneráveis socialmente, como mulheres negras e mães solteiras”, explica.

 

“Os trabalhadores da saúde são todos os que estão em uma unidade de saúde, incluindo até mesmo as funções de serviços gerais e a vigilância, além de outros cargos ocupados por trabalhadoras de forma terceirizada, o que acaba influenciando nessa questão da desigualdade”, enfatiza Silvia.

 

Mobilização Sindical –Nesse sentido, podemos perceber que o histórico de luta das mulheres, em busca de reconhecimento e igualdade em todas as áreas, está diretamente ligado à organização de movimentos sociais ao longo do tempo. Assim, essa mobilização da sociedade civil também contempla a atuação feminina nas entidades sindicais.

 

“O Sindsaúde-GO está atento aos direitos e necessidades dos profissionais da saúde, envolvendo não critérios não apenas critérios de igualdade de gênero, mas também de raça e etnias. Desenvolvemos ações e participamos de forma integrada em iniciativas voltadas para a inclusão e defesa dos direitos femininos. No entanto, precisamos continuar avançado juntas para que as mulheres ocupem mais espaços de poder em sindicatos, conselhos, cargos políticos, gestões públicas e demais entidades relacionadas ao controle social”, afirma Silvia Regina, diretora da Secretaria de Assuntos de Gênero, Raça e Etnia do Sindsaúde-GO.

 

Políticas Públicas –  Para contribuir com propostas governamentais voltadas para a promoção dos direitos das mulheres, o Sindsaúde integra o Conselho Estadual da Mulher de Goiás (CONEM) e o Conselho da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres de Goiânia.

 

De acordo com a diretora, Irani Tranqueira, que representa a participação do Sindsaúde-GO no Conselho da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, a iniciativa é fundamental para levantar questionamentos e deliberar propostas diante das necessidades das mulheres.

 

 “O Conselho Municipal de Políticas para as Mulheres é composto por representantes da sociedade civil e entidades governamentais. Essa junção possibilita troca de experiências promissoras em meio a realidades diferentes, além de ser um mecanismo essencial levantar questionamentos pontuais sobre o direito da mulher à saúde no município de Goiânia”, declara.

 

Com isso, Irani Almeida também reforça que as dificuldades enfrentadas pela mulher são cotidianas e constantes em nossa sociedade. “As mulheres têm seu espaço negado no ambiente doméstico, no trabalho e na política. Elas são vítimas de violência física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. A luta das mulheres não deve ser lembrada apenas no mês de março, mas sim todos os dias”, finaliza a representante do Sindsaúde-GO no Conselho Municipal de Políticas para as Mulheres, Irani Tranqueira.

 

 

 

Fonte: https://bit.ly/3FDTauR

 

 

 

 

 

 

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