CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > DESTAQUE CENTRAL > SINDPREV-AL PRESENTE NO ATO PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES EM ALAGOAS
17/08/2022
As representantes das entidades do movimento feminino de Alagoas realizaram o Ato em frente ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), na Praça Deodoro, no Centro de Maceió. Alagoas tem registrado um aumento alarmante nos casos de feminicídio. Apenas este ano já ocorreram 18 assassinatos de mulheres, cujos autores dos crimes são homens, caracterizando feminicídio.
Representando o SINDPREV-AL participaram as diretoras Lúcia Maria Santos e Andréia Malta Brandão.
Números do extermínio de mulheres
Nos últimos dois anos, foram, aproximadamente, 2.700 mulheres vítimas de feminicídio no Brasil, sendo três mulheres foram assassinadas em apenas uma semana aqui em Alagoas. Precisamos de políticas públicas que protejam, de mais juizados de violência doméstica, mais delegacias da mulher, delegadas mulheres nessas delegacias e essas delegacias funcionando 24h, especialmente, nos finais de semana, que é quando as violências ocorrem.
Cerca de 50 entidades de organização das mulheres em Alagoas de vários tipos, como grupos religiosos, movimentos feministas, institutos e comissões jurídicas, participaram do ato com cartazes, acompanhadas por um trio-elétrico. As representantes dessas entidades entregaram uma carta ao desembargador Tutmés Airan, com reivindicações por melhorias no combate à violência doméstica.
Pacto
Na oportunidade, o desembargador disse que vão construir um pacto “para envolver os poderes e organizações que de alguma forma estão voltadas a essa questão, para comprometer todo mundo e dar um salto de qualidade nessa luta, que é uma luta em favor da humanidade”.
O ato é fundamental para chamar a atenção da sociedade para esse assunto tão importante, que é a violência contra a mulher. De acordo com Cristiana Maya, é momento de união, onde a população precisa fazer um pacto para buscar ações efetivas para o fim da violência contra a mulher.
Precisamos do fortalecimento das entidades já existentes de apoio às mulheres vítimas de violência, cobrar do judiciário maior celeridade nos julgamentos dos casos de violência contra a mulher, e, principalmente, um grande trabalho de prevenção! Seja nas escolas, seja nos veículos de comunicação, sobre os tipos de violência contra a mulher e como denunciar. Infelizmente, o feminicídio é o último estágio e depois disso não temos mais o que fazer para salvar a vida da mulher.
O protesto contou ainda com intervenções culturais das artistas Carleane Correia, Isis Florescer e Mary Alves.
Fonte: https://bit.ly/3QOJrFc
1 de agosto de 2022
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