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População e profissionais saem em ato pela continuidade de atendimento de saúde indígena

09/06/2022

Simesp entende que a gestão privada de serviços e equipamentos públicos facilita a demissão de trabalhadores por motivações políticas

Escrito por: Simesp

 

 

Profissionais da saúde e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) exigiram a readmissão do Dr. Marco Antônio na UBS Real Parque na segunda-feira (30) em um ato na Supervisão Técnica de Saúde (STS) do Butantã, onde ocorreu uma reunião entre o Conselho Gestor da UBS e a Organização Social de Saúde (OSS) Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM). O médico da comunidade Pankararu da região do Real Parque e Jardim Panorama, foi demitido sem aviso prévio pela SPDM no dia 24 de maio. Em protesto, médicas da Saúde da Família e Comunidade da UBS Real Parque paralisaram suas atividades desde a manhã de segunda-feira.

 

A SPDM não havia esclarecido ao profissional o motivo do desligamento e, no sábado (28), declarou à imprensa que a demissão se deu por “faltas funcionais recorrentes”. Na reunião, o STS e a SPDM alegaram que se tratava de insubordinações. Quando questionados pelos representantes do Conselho Gestor e do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), pela vereadora Luana Alves (Psol) e pelas lideranças indígenas, também presentes na reunião, quais insubordinações seriam e quando ocorreram, ficou claro se tratar de uma represália a um trabalhador que informava os colegas sobre os seus direitos. Não houve qualquer tipo de ressalva à qualidade do atendimento do médico e ao vínculo altamente positivo que desenvolveu com a população.

 

Profissional respeitado e especialista em saúde indígena, Dr. Marco é reconhecido não só por seu trabalho de assistência médica à população, mas também por sua luta pela melhoria do serviço de saúde da comunidade e pelos direitos dos trabalhadores do local. O médico mantém forte compromisso com o ensino e a pesquisa, sendo vinculado à residência de Medicina de Família e Comunidade da USP e recebendo estagiários de diversos programas de residência e faculdades de saúde nas equipes das quais fez parte.

 

Os presentes protestaram contra a medida da OSS, que relegou a saúde indígena por uma motivação política. Eles reclamam que o Conselho Gestor da UBS e as lideranças indígenas sequer foram consultadas antes do desligamento do profissional. O Simesp entende que a gestão privada de serviços e equipamentos públicos facilita a demissão de trabalhadores por motivações políticas.

 

Em defesa da saúde indígena, Dr. Marco fica!

 

 

 

Fonte: https://bit.ly/3HaR2uc

31/05/2022 | Notícia Simesp

 

 

 

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