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Bolsonaro ‘presenteia’ servidores com inflação, perdas salariais e PEC 32

26/01/2022

Governo promove política de empobrecimento dos servidores e de miserabilidade de toda população brasileira

Escrito por: Sindprev AL

 

A inflação, em 2021, ficou muito acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e a previsão para 2022 não é das melhores. No ano passado, os preços dispararam e a taxa inflacionária chegou aos dois dígitos em 12 meses, algo que não ocorria desde 1994, quando o Plano Real foi implementado. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA registrou alta de 10,74% no acumulado em 12 meses até novembro. A divulgação do índice de dezembro e de todo o ano de 2021 está programada para o próximo dia 11.

 

Hoje, o Brasil tem a terceira maior inflação entre os países do G20. Análises econômicas estão reduzindo a perspectiva de crescimento do Brasil para 2022 e mantendo o cenário de alta para a inflação. Na primeira pesquisa Focus do ano, divulgada pelo BC na segunda-feira (3), a inflação se mantém na casa dos dois dígitos, em 10,01%. A taxa básica de juros (Selic) também deve encerrar 2022 em dois dígitos, a no mínimo 11,50%. O Produto Interno Bruto (PIB) deve expandir apenas 0,36% este ano. A expectativa, de uma semana atrás, era de um crescimento de 0,42%.

 

Perdas salariais

 

Além da inflação, a falta de reajuste corrói o poder de compra dos servidores públicos federais, assim como de toda a classe trabalhadora brasileira.  A maioria dos servidores federais amarga um congelamento salarial há pelo menos cinco anos. De acordo com o Dieese, devido à inflação do período, as perdas já ultrapassam 40%. Enquanto isso, o governo anunciou reajuste para a Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

 

E o salário mínimo pode ser corrigido abaixo da inflação pelo 2º ano consecutivo. Proposta encaminhada à Comissão Mista do Orçamento, no Congresso Nacional, prevê um piso salarial de R$ 1.212, referente a uma correção de 10,18%. Mas especialistas prevêem alta de preços, em 2021, de até 11%.

 

Diante desta situação, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) encerrou o ano de 2021 com retração de 9,9% e uma média de 71,6 pontos, o menor nível da série histórica iniciada em 2010. A inflação é um dos fatores que dificultam a recuperação econômica, justamente porque reduz o poder de compra e o consumo. Além de levar a um aumento dos juros, o que encarece o crédito, que é um artifício utilizado pelos consumidores para aumentar a renda e manter o padrão de consumo.

 

PEC 32

 

Como se não bastasse, o Governo Bolsonaro pretende aprovar uma proposta de Reforma Administrativa (PEC-32) que tem por objetivo promover o desmonte dos serviços públicos e repassar as suas funções para a iniciativa privada. Com isso, os serviços que hoje são públicos, serão ofertados por empresários ávidos por lucros. Os brasileiros que poderão pagar por esses serviços, a minoria da população, não será atingida. A PEC-32 afetará apenas a classe trabalhadora brasileira, que terá que arcar com mais gastos, além dos desempregados que serão completamente abandonados.

 

“Estão promovendo uma política de empobrecimento dos servidores federais que não conseguem mais ter acesso a assistência de saúde suplementar, à educação e ao lazer. Mas, para além disso, é uma política de miserabilidade de toda a população brasileira. Por isso, precisamos nos mobilizar e criar condições de pressão social para que os serviços públicos sejam merecedores novamente de investimento e reposição salarial”, destacou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.

 

Nas redes

 

Para combater a PEC, os servidores devem acessar o site Na Pressão (aqui) e enviar um recado aos parlamentares: Quem votar a favor da PEC-32, não voltará a ser eleito. Ao acessar a página, o servidor pode mandar seu recado pelo WhatsApp, e-mail ou telefone. Os trabalhadores também podem ter acesso ao material da Campanha Cancela a Reforma no endereço da Condsef/Fenadsef (aqui). A campanha também está no Instagram, Facebook, Twitter e YouTube. Procure por @cancelaareforma.

 

 

 

Fonte: https://bit.ly/33TX2rJ

 

 

 

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