Sintsprev Ma: Outubro, mês de luta, reflexão e festa

Hoje, 28 de outubro, comemora-se o Dia do Servidor Público, nosso dia. Nós, trabalhadores da saúde e da previdência, sabemos o que significa servir. É nossa missão e ganha pão. Em 2020 e 2021, essa palavra ganhou dimensão ainda mais forte com a trágica pandemia do corona vírus, quando a população pode perceber a importância do SUS e dos trabalhadores da saúde e da assistência.

Apesar disso, não teremos reconhecimento e respeito pelos serviços essenciais prestados, se depender do governo federal.

Não há o que comemorar. São mais de cinco anos de salários congelados, direitos ameaçados e usurpados, conquistas arrancadas e o presente especial do ano é a proposta de Reforma Administrativa do (des)Governo Bolsonaro, que tramita a passos largos na Câmara dos Deputados em Brasília.

Eles dizem que precisam ‘‘enxugar a máquina pública’’, mas a gente sabe que é mentira. O número de servidores públicos representa apenas 1,4% da população brasileira. Apenas 12,5% dos empregados no país são servidores públicos. Nos países desenvolvidos, os servidores públicos são em média 20% dos empregados.

Nos últimos 15 anos, quase sempre o gasto da União com pessoal não passou de 5% do PIB. Em 2021, a União tem previsão de gastar mais da metade do orçamento com juros e amortizações da Dívida (53,92%). Pouco mais de 19% deve ser destinado à Previdência Social e todas as outras áreas dos serviços públicos ficam com menos de 30%. Para a Saúde, por exemplo, está destinado menos de 3% do orçamento.

A maioria dos servidores públicos trabalha em condições precárias com déficit de pessoal nas áreas essenciais. E, com a tal Reforma, o Governo ainda quer acabar com a carreira, a estabilidade e com o concurso público.

E nada disso vai enxugar a máquina pública, ao contrário, a Reforma de Bolsonaro cria um milhão de cargos para livre nomeação em nível municipal, estadual e federal. O Governo legaliza de vez o apadrinhamento político e a tal ‘‘rachadinha’’.

A reforma proposta não atinge os militares e servidores de altos salários.
Resumindo, a PEC 32 tem o objetivo final de acabar com os serviços públicos essenciais à população. Atinge o servidor e o usuário duramente.

É nesse contexto de pandemia e de luta contra a Reforma Administrativa que nosso Sintsprev Maranhão faz 32 anos, também em outubro.

São mais de três décadas de vida, atuando em defesa da democracia e da justiça social, através da organização e da luta dos trabalhadores em saúde e previdência.

Ao longo dos anos, o Sindicato se consolidou por representar uma categoria unida e combativa e é importante relembrar nossa história, tendo em mente que nenhum direito nos foi dado, mas sim conquistado.

Os 32 anos vêm no momento em que passamos por umas das maiores crises – política, social, sanitária – que tem reflexo direto na vida dos trabalhadores e na sua organização sindical.

O atual Governo que mata e maltrata todo o povo brasileiro, tem prazer especial em perseguir a classe trabalhadora e tentar acabar com seus Sindicatos, enfraquecendo nossa luta.

Nada disso é suficiente para arrancar a esperança que a luta mantém acesa e menos a alegria de comemorar 32 anos do nosso maior instrumento de luta, o Sintsprev Maranhão – fundado, construído e organizado com nossa força, nosso investimento e nossa disposição todos os dias.

Parabenizamos toda a categoria que se mantém firme na luta e entende a importância do Sindicato na defesa de nossos direitos e reforçamos que a união é um fundamental para permanecermos fortes e de pé, apesar de tudo.

Sobreviver, Resistir e Seguir em Frente! Sindicato forte é sindicato unido! Viva o Sintsprev Maranhão! Viva a luta dos trabalhadores da saúde e da previdência!

A Diretoria Colegiada do SINTSPREV-MA Gestão ‘‘Sintsprev Na Luta Por Todos!’’