Agravamento da pandemia: SINTFESP solicita reunião urgente com gerentes do INSS em Goiás e Tocantins

Diante de inúmeros casos de servidores/as do INSS contaminados/as pelo novo Coronavírus em função de atendimento presencial, a categoria, com o apoio da direção do sindicato, luta para que todos os serviços possíveis voltem a ser atendidos de forma remota. A entidade encaminhou expediente às gerências executivas do órgão em Goiânia, Anápolis e Palmas, solicitando - em caráter de urgência - audiência virtual para tratar do assunto.  A solicitação formal foi enviada ontem pelo SINTFESP-GO/TO aos gerentes executivos do INSS, Wirley Castro Vargas (Goiânia), Katianne Alves Barbosa (Anápolis) e Silvano Coelho Lira (Palmas).

Com o agravamento da pandemia em todo o País, o cenário é de calamidade pública. Goiás registrou 3.713 casos e 56 mortes por coronavírus em 24 horas, segundo o  governo do estado. A rede hospitalar do estado alcança 96% de ocupação das UTIs. Ao todo, 426.722 pessoas em Goiás contraíram o vírus e 9.335 morreram desde o início da pandemia. Os  dados são de ontem, dia 11 de março. No Tocantins, a situação não é diferente. Palmas, cidade com maior incidência de infectados, registrou o maior número de casos de Covid-19 dos últimos seis meses. Foram sete mortes e mais de 380 diagnósticos contabilizados em 24 horas. Com as novas confirmações, a capital ultrapassou 30 mil casos. Desde o início da pandemia 292 moradores da capital não resistiram e morreram. Os dados são do G1.

Alertas

Desde o início da pandemia, em março do ano passado, as direções nacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS/CUT), da Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (FENASPS) e dos sindicatos estaduais, entre eles o SINTFESP-GO/TO, têm reiterado alertas às direções do INSS sobre a importância, durante a pandemia, de todos os serviços possíveis serem realizados de forma remota, como forma de resguardar a saúde e a vida de servidores e da população. Durante um tempo o INSS considerou a situação, mas a partir de setembro determinou a retomada do atendimento presencial.

À época, trabalhadoras e trabalhadores do INSS em Goiás, em assembleia, chegaram a deliberar pela chamada ‘Greve Sanitária’, que consiste na realização das tarefas do serviço público, como a concessão de benefícios, mas sem prestar atendimento presencial. No entanto, pressionados pela direção da autarquia, tiveram que retomar o atendimento. Servidores/as do Tocantins também retomaram o atendimento presencial. “Não estamos pedindo reajuste salarial, estamos defendendo o direito à saúde e à vida. Não podemos permitir colocar em risco a saúde dos servidores e da população”, ressaltou à ocasião o Diretor de Organização do SINTFESP-GO/TO, Mauro Mota. A preocupação agora é a mesma, evitar casos e mortes que podem ser evitados.

Greve sanitária

No INSS do Rio Grande do Sul, em assembleia virtual, trabalhadores do INSS decidiram suspender o atendimento presencial a partir da segunda-feira, dia 8 de março.  Também ficou definido que os/as funcionários/as permanecerão em trabalho remoto enquanto o Estado estiver em bandeira preta, estabelecida em função do agravamento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Na prática, a categoria reforça a chamada  ‘Greve Sanitária’ iniciada em setembro de 2020, que mantém serviços, como a concessão de benefícios, mas sem prestar atendimento presencial.

“Trata-se de um movimento de proteção à vida e de apoio às medidas de distanciamento controlado necessárias para o enfrentamento da pandemia”, informa o SINDSPREV/RS, em ofício enviado ao presidente do INSS, Leonardo José Rolim Guimarães, à superintendente Regional Sul – INSS, Kathia Maria Moreira Braga e aos/às gerentes Executivos/as no Estado do Rio Grande do Sul.

Cláudio Marques – DRT 1534

Fonte:  https://bit.ly/38NMjyu