CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > DESTAQUE CENTRAL > SINDSAÚDE GO E A REUNIÃO DO FÓRUM GOIANO EM DEFESA DOS DIREITOS, DA DEMOCRACIA E SOBERANIA
28/08/2020
As entidades que fazem parte do Fórum Goiano em Defesa dos Direitos, da Democracia e Soberania estiveram reunidas na segunda-feira (03), de forma virtual em razão dos protocolos de segurança da Covid-19, tendo o isolamento social como forma de evitar o contágio pelo novo vírus.
O Brasil registra a triste marca de quase 100 mil mortos já nos primeiros dias do mês de agosto pelo coronavírus no Brasil e em Goiás os números de contaminados e mortos não param de crescer. Diante dos fatos e do descaso permanente do poder público, dos óbitos trágicos que continuam a crescer de forma exponencial, as Centrais Sindicais de Goiás apresentaram algumas bandeiras de luta no sentido de conscientizar a população goiana para as atitudes genocidas por parte do Governo Federal.
O presidente do Sindsaúde, Ricardo Manzi, falou das principais bandeiras de luta desde o início da pandemia da Covid-19. De como tem sido complicado e muitas vezes exaustivo defender os trabalhadores (as) da saúde, diante da ausência permanente de EPI e EPC, de medicamentos, de insumos de toda natureza, da testagem adequada dos profissionais da saúde, da sobrecarga de trabalho dos profissionais nas unidades saúde, da falta de diálogo com gestores. Da falta de segurança e da violência galopante, muitas vezes por parte da população que não compreende que os culpados de toda essa violência está na falta de articulação institucional entre os 3 comandos (federal, estadual e municipal).
É importante lembrarmos que o presidente da República, Jair Bolsonaro, (sem partido) e o General Eduardo Pazuello, atual Ministro da Saúde, não fizeram os repasses das verbas para a saúde de forma adequada, segundo os dados apresentados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e divulgados por toda imprensa. Do orçamento destinado a pandemia da Covid-19, somente 29% foram repassados aos Estados e Municípios. Manzi revela que a ausência de diálogo por falta dos gestores à frente das Secretarias é também um entrave difícil neste momento onde todos deveriam unir forças para combater o surgimento de novos casos e mais vítimas da Sars-CoV-2.
“A posição do Sindsaúde-GO é e sempre será em defesa da vida. Desde o início o Sindsaúde é o pioneiro nos boletins diários dos números da covid-19 contaminados (população e profissionais de saúde, óbitos, números de leitos, UTIs, enfermarias) em todas as unidades do Estado. Mesmo quando o Ministério da Saúde deixou de informar, o Sindsaúde pautou a imprensa e a sociedade goiana.
A defesa dos trabalhador@s da saúde, das condições mínimas ideais para o desempenho dos protocolos em saúde que refletem na qualidade dos serviços públicos oferecidos aos cidadãos são bandeiras de luta permanentes e o Sindsaúde vai continuar de forma incansável combatendo, até que os profissionais da saúde e a população tenham de fato a saúde como garantia constitucional,” afirma Ricardo Souza Manzi, Presidente do Sindsaúde-GO.
As Centrais Sindicais
Foram realizados os informes das categorias e uma avaliação da conjuntura socioeconômica e do perigoso momento da organização política brasileira. Da ameaça permanente de nossa democracia e de nossas instituições. Do abismo que está se construindo nas nossas relações internacionais e nacionais, diante da perplexidade nas declarações desrespeitosas de Bolsonaro, quando se refere às vítimas da Covid-19, de direitos humanos, da Amazônia e do meio ambiente como um todo. Essa conduta de descaso e despreparo para lidar com o que é público, democrático e de direito (privatizações em massa, Proposta da Reforma Administrativa) faz ressurgir na sociedade a vontade de renascer na luta pela campanha #Fora Bolsonaro.
As Centrais Sindicais preparam um Ato pelos 100 mil mortos brasileiros da Covid-19, no próximo dia 7 de agosto, como um sinal de respeito às famílias das vítimas e um pedido de atitude urgente por parte do Governo Federal. Se não temos vacinas, se os trabalhador@s da saúde estão cada vez mais adoecidos, se faltam insumos (respiradores, leitos, medicamentos) e com a liberação expressiva do isolamento social, é fato que muito mais cidadãos se tornarão vítimas do terrível coronavírus.
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