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23/07/2020
“Mudanças profundas no mundo do trabalho devem acontecer nos próximos anos. Mas dificilmente o trabalho da enfermagem poderá ser substituído pela inteligência artificial”. Com essa afirmação, baseada em dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o sindicalista e secretário da rede sindical Uni Américas, Márcio Monzane, abriu o SERGS Debate desta quarta, 15 de julho, que teve como tema A enfermagem na pandemia: uma visão global. O debate, transmitido no perfil do Facebook do SERGS, também contou com a participação da enfermeira, ex-dirigente do sindicato e atual Conselheira Federal de Enfermagem, Rosangela Gomes Schneider, e da enfermeira e presidenta do SERGS, Cláudia Franco.
Márcio apresentou brevemente a proposta da Rede Sindical Brasileira UNISaúde, composta por entidades sindicais brasileiras que atuam na área da saúde, abarcando várias centrais sindicais localizadas em múltiplos estados e regiões do país. A Rede foi formada sob a égide da UNI Américas - a federação internacional de sindicatos da saúde privada nas Américas. O SERGS participa da rede, assim como os sindicatos de enfermeiros da Bahia e do Rio de Janeiro.
Para o representante da Uni Américas, este processo de organização das entidades é muito importante e vai além da sindicalização. “Essa rede oportuniza a criação de uma agenda comum de defesa dos trabalhadores, contra a precarização do trabalho e na luta pela garantia de direitos, principalmente neste momento de pandemia”, avaliou.
Na sequência, a conselheira do Cofen resumiu as ações que a entidade tem feito em nível nacional, para defender os(as) profissionais da enfermagem como o projeto Enfermagem Solidária (para apoio à saúde mental dos profissionais), o Observatório da Enfermagem e os cursos online de capacitação de profissionais para o enfrentamento da Covid (em parceria com a UFSC), além do mapeamento dos casos de inovação em pesquisa, ensino e gestão da enfermagem em todo o país. Ressaltou também as ações judiciais movidas pelo Conselho para garantir EPIs, testagem e afastamento dos grupos de risco.
“Devemos nos unir em defesa da enfermagem, sempre olhando para as necessidades da população”, comentou a conselheira federal, concordando que é importante unificar as bandeiras da saúde. Rosângela também destacou que, por conta da pandemia, nunca a profissão esteve com tanta visibilidade na mídia mundial. E justamente em 2020, considerado o Ano Internacional da Enfermagem, em comemoração ao bicentenário de Florence Nightingale (pioneira da profissão). Lembrou também que a pandemia reforçou ainda mais as diretrizes do projeto Nursing Now, que busca a valorização da enfermagem em todo o mundo. “E no Brasil a pandemia destacou a importância do SUS para a população brasileira e a importância dos seus profissionais”, complementou.
A presidenta do SERGS, Cláudia Franco, finalizou reforçando a importância da enfermagem nas equipes multidisciplinares e do Sistema Único de Saúde, lamentando a lógica do lucro presente em muitas instituições e as distinções de tratamento dadas a enfermeiros e médicos. “Falta isonomia, todos os trabalhadores são importantes”, disse. Também denunciou a falta de testagem dos profissionais, colocando em risco a vida da população.
Veja abaixo alguns links importantes citados durante a live:
Para saber mais sobre a Uni Américas
https://uniglobalunion.org/contact/uni-americas
Para acompanhar o trabalho do Cofen em relação à Covid-19, em tempo real
http://observatoriodaenfermagem.cofen.gov.br/
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