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Profissionais da saúde estadual de Alagoas exigem receber gratificação

20/07/2020

Chega de injustiça e discriminação

Escrito por: SINDPREV-AL

 

Se vocês acham que já viram tudo quanto ao descaso do governador Renan Filho no trato com os servidores da saúde, não se enganem, há muitas outras arbitrariedades ocorrendo nos bastidores da saúde que clamam por justiça! Desde o início da pandemia que se cogita o pagamento de uma gratificação para os trabalhadores da “linha de frente do COVID-19”, uma forma de valorizar esses aguerridos trabalhadores que arriscam suas vidas para salvarem outras vidas. No entanto, à sombra da ilegalidade, apenas um grupo seleto de trabalhadores foi beneficiado com as gratificações, em detrimento dos demais. Não bastasse, essa prática escandalosa e vergonhosa da SESAU e do HGE, outras práticas vêm ocorrendo com boa parte dos efetivos e serviços prestados.

 

Em um relato dramático e comovente, uma prestadora de serviço que se encontra no 3º mês de lactação, relatou da sua indignação de ter sido afastada por somente três meses, tendo que retornar as suas atividades laborais na próxima semana. Imaginem o dilema dessa trabalhadora que tem que escolher entre a proteção do seu bebê e a sua sobrevivência, pois não tem proteção legal nenhuma!

 

Outro fato que provoca igual repulsa tem a ver com os trabalhadores efetivos que se contaminaram com a COVID-19 e não foram contemplados pelas gratificações que estão sendo pagas a outros trabalhadores. Uma vez que os efetivos não tiveram reajuste salarial, sofreram um golpe do governo ao taxar um desconto de 14% da previdência social e deixam de receber o adicional noturno devido à licença médica, sem contar que esses mesmos profissionais que fazem extras, sofrem amargamente todos os prejuízos, uma vez que tais descontos somam uma perda significativa dos seus proventos para o sustento familiar.

 

É inimaginável que num momento atípico como este de pandemia, em que vários trabalhadores da saúde foram a óbito e outros foram contaminados, que não haja, por parte do Secretário de Saúde, Alexandre Ayres, e do governo Renan Filho, um olhar diferenciado e sensível para com esses profissionais.

 

O drama vivenciado pelos trabalhadores (as) da saúde, pela falta de assistência, tem sido gritante e recorrente. Por tais razões, O SINDPREV/AL ingressou com ações na justiça para obrigar o Governo Renan Filho a bonificar todos os servidores da SESAU e UNCISAL com as gratificações que lhes são devidas.

 

A tese de justificar que os serviços de saúde como o SAMU, HGE, Santa Mônica, Hospital Portugal Ramalho, Unidades de saúde Noélia Lessa, Deise Breda, Denilma Bulhões, João Fireman, Dom Miguel Fenelon Câmara, Unidade do Agreste, entre outros, não são referências para o tratamento de COVID19, não passa de uma justificativa oportunista. É importante lembrar que, comprovadamente, os primeiros óbitos com os profissionais de saúde ocorreram nos locais tidos como “Não referência para COVID-19”.

 

Assim, afirmar que essas unidades não tratam pacientes com Coronavírus, não se sustenta, já que houve contaminação coletiva, levando o afastamento de um grande número de trabalhadores. Basta uma breve verificada nos boletins das internações e transferências de pacientes com COVID-19 divulgados pela própria SESAU. Isso constata que os demais serviços de saúde que não são tidos como “referência para covid19”, não somente têm COVID-19 em grande escala, como vêm fazendo suas vítimas, inclusive com óbitos de vários profissionais do próprio HGE.

 

Nesses últimos meses têm aumentado as denúncias provenientes de várias categorias contra as ações praticadas por alguns gestores, que vão desde a pressão do retorno imediato ao trabalho, carga de trabalho exaustiva, falta de EPIs, péssimas condições de trabalho, alimentação de péssima qualidade, assédio moral seguido de devoluções para o RH, além de demissões para os prestadores de serviços.

 

Diante de todo o contexto, almejamos que o governo do Estado de Alagoas seja mais sensível aos apelos desses destemidos servidores e reconheça que, mesmo diante das condições impostas, os referidos trabalhadores nunca se omitiram em prestar seus serviços com dedicação a toda a sociedade. Assim, faz-se necessário que o diálogo seja a ferramenta mais profícua para atenuar os conflitos que vêm impedindo a realização de uma mesa de negociação entre o governo Renan Filho e os sindicatos, para que haja possibilidade de se discutirem ações conjuntas na proteção e ampliação de direitos trabalhistas, sobretudo a criação e execução de um plano de valorização e incentivo ao conjunto dos trabalhadores que estão atuando nessas áreas.

 

https://www.sindprev-al.org.br/2020/07/profissionais-da-saude-estadual-de-alagoas-que-arriscam-suas-vidas-no-combate-covid-exigem-receber-gratificacao-chega-de-injustica-e-discriminacao/

 

 

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