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CNTSS e Sintfesp defendem fila única dos leitos de UTI para casos de COVID-19

05/06/2020

“Não se pode fazer distinção entre pobres e ricos para a utilização de leitos de UTI”, defende a confederação em documento encaminhado aos sindicatos, como o Sintfesp-Go/To

Escrito por: Sintfesp GO

 

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social – CNTSS/CUT e o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência Social nos Estados de Goiás e Tocantins – Sintfesp-Go/To defendem o estabelecimento imediato de FILA ÚNICA dos leitos de UTI, da saúde pública e privada, frente à pandemia do novo coronavírus, que causa a COVID-19. O posicionamento e suas justificativas foram externados pela CNTSS em ofício encaminhado a todos os sindicatos filiados à Confederação.

 

No documento assinado pelo Presidente da entidade, Sandro Alex de Oliveira Cezar e pela Secretária de Saúde do Trabalhador, Maria Godoi de Faria, a CNTSS defende que o Ministério da Saúde requeira imediatamente as vagas dos leitos das UTIs dos hospitais da Saúde Suplementar (setor privado) e que elas sejam designadas ao atendimento da COVID-19, durante o período de pandemia. Defende ainda que essas vagas sejam controladas por uma Central de Vagas, sob a coordenação dos gestores do SUS nos Estados, organizada em fila únic, a exemplo das filas de transplantes.

 

“Não se pode fazer distinção entre pobres e ricos para a utilização de leitos de UTI, num momento em que o vírus da COVID-19 está alastrando e globalizando a morte”, destaca a proposta.


Segundo a CNTSS, dados do Ministério da Saúde informam que o Brasil tem 55.101 leitos de UTI. Deste total, apenas 49,8% são públicos. Ou seja, três quartos da população têm acesso a só metade dos leitos de UTI no Brasil. A outra metade está reservada a um quarto da população que tem plano de saúde, ressalta.

 

“Levando em consideração que somente 25% da população tem um plano de saúde, o SUS tem em média 1,4 leitos de UTI para cada 10 mil habitantes, enquanto a rede privada se mantém com 4,9. Isso significa que as chances de um paciente com plano de saúde encontrar uma vaga de terapia intensiva é quatro vezes maior do que uma pessoa que depende exclusivamente do SUS”, denuncia a CNTSS.

 

Membro do Comitê Interamérica da Internacional dos Serviços Públicos (ISP), o presidente da CNTSS conclui afirmando no documento que em épocas de pandemia faz-se necessário o controle de estoques de leitos públicos e leitos privados pelo poder público, para que se possa amenizar as desigualdades sociais e garantir a ética e o respeito no atendimento médico, priorizando a vida do cidadão sem quaisquer possibilidades eletivas.

 

ANEXA, a íntegra do documento da CNTSS/CUT.

 


Cláudio Marques – DRT 1534

 

http://www.sintfesp.org.br/sintfesp/adm/images/icones/ico-pdf.png

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