CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > DESTAQUE CENTRAL > 13 E 14 DE AGOSTO: MARCHA DAS MARGARIDAS
26/08/2019
Nos dias 13 e 14 de agosto houve a Marcha das Margaridas em Brasília. Na segunda-feira, 12 de agosto, completou exatos 36 anos do assassinato de Margarida Maria Alves, que é o símbolo da maior ação de mulheres da América Latina. E essa é a razão de milhares de Margaridas de todo o Brasil e outros países se reunirem em Brasília para realização da Marcha.
Na madrugada do dia 13 de agosto, terça-feira, começaram a chegar as caravanas no Pavilhão da Praça da Cidade. Mulheres do Campo se encontraram com mulheres Indígenas, que pintaram seus rostos em demonstração de união. Trazendo força e coragem nesta luta.
Sindicalista e defensora dos direitos humanos por mais de dez anos, Margarida Maria Alves, comandou o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba. Sendo uma das primeiras mulheres a ocupar um cargo de direção sindical no país.
Ela lutou pela violência no campo, por direitos trabalhistas, como: respeito aos horários de trabalho, carteira assinada, 13° salário e férias remuneradas. As lutas por essas causas seguem até hoje na marcha.
Na quarta-feira, 14 de agosto, aconteceu a sexta edição da Marcha das Margaridas. As ruas de Brasília foram ocupadas por mulheres vestindo lilás e com flores de margaridas nos chapéus, nas faixas, camisas e em papéis artesanais.
Todas unidas por um país democrático, por justiça, igualdade e livre de violência. A concentração foi no Pavilhão do Parque da Cidade com rumo à Esplanada dos Ministérios onde aconteceu o encerramento, próximo ao Congresso Nacional.
Representando o Sindsprev-PE, a diretora Solange Pereira, que se reuniu com as demais Margaridas para mostrar o grande valor político e simbólico na Marcha. Juntas, as mulheres trouxeram a importância do trabalho que são exercidos por elas e que infelizmente ainda não são reconhecidos da forma que merecem.
Afirmaram a necessidade de um país que assegure ao seu povo direitos de promoção a justiça social e igualdade, principalmente às populações negras, que vivem de forma mais intensa os efeitos das desigualdades, da fome e da violência.
Continuamos na luta por respeito e igualdade. Juntos somos mais fortes!
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