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Sintfesp GO: piora no atendimento à população é política deliberada de Temer para justificar privatizações

09/10/2018

A piora no atendimento, também nas unidades de saúde, da previdência, por falta de pessoal, é uma política em que o estado está se desresponsabilizando daquilo que é a sua obrigação

Escrito por: Sintfesp GO

 

Avaliação é da diretora do Sintfesp e da CNTSS/CUT, Terezinha Aguiar, em entrevista na terça-feira, 11/09, ao programa Antena Ligada da Rádio do Trabalhador. Objetivo estratégico do governo seria piorar cada vez mais o atendimento em unidades públicas de saúde, previdência, nos correios, na Caixa, para justificar privatizar tudo o que for possível e terceirizar serviços. Marcha a Brasília em Defesa dos Direitos ocorre dia 13, em defesa dos serviços públicos de qualidade, pela revogação da emenda constitucional 95, que congelou por 20 anos investimentos e pela instituição da data-base de servidores das três esferas do executivo: municipal, estadual e federal.

 

Servidores públicos de todo o País participarão no dia 13 de setembro da Marcha a Brasília em Defesa dos Direitos. Vão pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) que poderá decidir sobre a data-base de servidores dos executivos municipal, estadual e federal do Brasil. Também lutam pela revogação das Emenda Constitucional 95/16, que congela por 20 anos investimentos estratégicos para o desenvolvimento de nossa Nação; e por um judiciário “que respeite nossos direitos assegurados na Constituição”. As informações são da diretora do Sintfesp e da CNTSS/CUT, Terezinha Aguiar, que concedeu entrevista ao programa Antena Ligada da Rádio do Trabalhador.

 

Também participou da entrevista ao jornalista Roberto Nunes, o diretor do sindicato dos trabalhadores dos correios – Sintect, Tiago Henrique. O sindicalista denunciou o sucateamento dos correios orquestrado pelo governo Temer, com prejuízos incalculáveis à população. Segundo ele, o governo já fechou muitas agências dos correios nos últimos dois anos e agora vão fechar mais, especialmente pelo interior do país. Em Goiás, anunciou que vai fechar uma em Mineiros e outra em Jaraguá. “Nos causou estranheza a forma como estão ocorrendo. O presidente nacional dos correios enviou uma carta para os atendentes solicitando se têm interesse de migrar da função de atendentes comerciais para carteiros. Ora, o serviço de carteiro é muito desgastante. Então o que a gente acha é que estão fazendo essa oferta justificar a demissão de quem não aceitar voltar à função de carteiro”, denuncia. Tiago destaca que a população, com razão está chateada pelo atendimento ruim ou demorado nos correios ou na Caixa e agências lotéricas. “Mais que dobrou a quantidade de correspondências e reduziu o pessoal para atender”, conclui.

 

A sindicalista do Sintfesp, Terezinha Aguiar, ressalta que essa atitude dos Correios nada mais é que uma política deliberada. “Na Caixa e no Banco do Brasil, pós-golpe, vieram os programas de demissão voluntária, com agências sendo fechadas país afora. Agora fecham agências dos Correios. A piora no atendimento, também nas unidades de saúde, da previdência, por falta de pessoal, é uma política em que o estado está se desresponsabilizando daquilo que é a sua obrigação”. Para ela, essa situação pode piorar ainda mais, a depender do resultado da eleição. “Esse é o modelo fiscal do governo golpista, que não tem responsabilidade com saúde, educação, segurança, previdência”.

 

Terezinha Aguiar informa que a Marcha a Brasília em Defesa dos Direitos, dia 13, envolve mobilização em frente ao Ministério do Planejamento e vigília na porta do Supremo Tribunal Federal, que vai julgar a constitucionalidade da data-base dos servidores públicos federais, estatuais e municipais. A data-base é um instrumento que obrigaria todas as esferas do executivo a corrigir anualmente os salários de servidores públicos. “A Constituição Federal, em seu artigo 37 garante que o servidor público tem que ter revisão anual de sua remuneração. Isso vem sendo omitido pelos governantes desde 1988”, enfatiza. “Temos expectativa forte de que poderemos ganhar, pois seria o justo”, ressalta.

 

Terezinha Aguiar destaca ainda a pauta específica que motiva a caravana a Brasília depois de amanhã:

 

  • Direito de Greve e Negociação Coletiva e Data Base
  • Atendimento à nossa pauta de reivindicações
  • Contra a Reforma da Previdência
  • Em Defesa da Seguridade Social
  • Pela Anulação da Reforma Trabalhista e da Lei de Terceirizações

 

“O governo golpista está desmontando a Constituição Federal. Vai se desresponsabilizando de suas obrigações. A população que paga impostos é que está sendo prejudicada”, conclui Terezinha Aguiar.

 

 

 

Cláudio Marques


 

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