CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > DESTAQUE CENTRAL > SINDISAÚDE PASSO FUNDO FIXA LIMITE PARA PAGAMENTO DOS SALÁRIOS NO HOSPITAL DE CARIDADE
02/10/2018
Doze de setembro é a data final para que o pagamento do mês de agosto seja quitado para os funcionários do Hospital de Caridade (HC) de Palmeira das Missões. Em caso contrário, a categoria poderá paralisar novamente as suas atividades.
A garantia foi dada hoje pela presidente do SINDISAÚDE Terezinha Perissinotto. “Entendemos que a situação do hospital é delicada, mas a dos funcionários é de calamidade pública. Eles estão trabalhando 60 dias para receberem 30 e pagando parte dos salários com juros e multas bancárias”, observou a dirigente.
Em 22 de agosto foi um dia de intensa agenda em Palmeira das Missões envolvendo a crise vivida pelos funcionários do Hospital de Caridade. O hospital, a prefeitura e a 15°Coordenadoria Regional de Saúde foram os locais visitados pelo presidente da FEESSERS (Federação dos Trabalhadores em Saúde do RS) Milton Kempfer, o diretor financeiro Carlos Airton Weber, a presidente do SINDISAÚDE e a diretora de Finanças, Maria Tedesco.
Como resultado imediato, no final da tarde, a administração do hospital anunciou que hoje depositaria parte dos salários do mês de julho na conta dos trabalhadores. Depois de duas reuniões com o diretor administrativo Cássio Roese e o presidente da Comissão Interventora Sidinei Oliveira, os dirigentes sindicais obtiveram a promessa de que nos próximos meses haveria “um esforço” para que os salários sejam pagos na integralidade no início do mês.
Acompanhados por funcionários do HC eles foram ao gabinete do prefeito Eduardo Russomano Freire, que se encontrava na capital gaúcha, mas, à tarde, foram recebidos pelos secretários municipais da Fazenda, Silvestre Becker, e da Administração, Miguel Curry Neto. Eles expuseram a situação dos trabalhadores, que há mais de um ano amargam constantes atrasos no pagamento dos salários, e pediram que a prefeitura regularize o pagamento ao hospital dos R$ 480 mil que deve do convênio não pago em 2017 e os R$ 60 mil mensais que não renovou em 2018.
No final da tarde, foram recebidos pelo delegado regional Dorival Werkhausen e por Andréia Blau, adjunta da 15°Coordenadoria Regional de Saúde, onde foram buscar maiores informações sobre a contratualização do HC com o Estado, cujo contrato deve ser renovado no dia 31 de outubro. Para a FEESSERS e o SINDISAÚDE, o Hospital de Caridade deveria passar a receber do governo do Estado cerca de R$ 1 milhão mensais, ao invés dos atuais R$ 790 mil, por conta de sua importância para a região abrangida por 18 municípios.
Em seus encontros, eles também reiteraram que o hospital continua com suas portas abertas e prestando atendimento pelo imenso sacrifício de seus funcionários.
Para Milton Kempfer, a situação do HC, e que acaba penalizando seus trabalhadores, decorre do desconto no repasse do governo estadual, por falta de cumprimento de metas, precisa ser analisado. “Se o dinheiro que vem é para pagar o contrato, não é pago, o que é feito com o dinheiro, pois o recurso já está previsto para o Hospital de Caridade”? O presidente da Federação avalia a possibilidade de procurar o Ministério Público sobre a questão.
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