CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > DESTAQUE CENTRAL > SINDSAÚDE RS: PRESIDENTE DA CÂMARA MANDA BATER EM MUNICIPÁRIOS QUE DECRETAM GREVE
23/07/2018
Na quarta-feira, 11 de julho, o presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Valter Nagelstein, demonstrou seu "apreço" à democracia e ao Estado de Direito: chamou a Ronda Ostensiva da Guarda Municipal (Romu) e o Batalhão de Choque para bater em servidores!
O vice-presidente do Sindisaúde-RS, Julio Appel, estava presente no local e relata o ocorrido. "Foram minutos de terror. Muitas bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e, não bastasse o excesso de força, prenderam mulheres manifestantes em um banheiro no segundo andar e jogaram gás de pimenta e bombas de gás dentro desse espaço reduzido. Muitas delas passaram mal e/ou foram agredidas pelo Batalhão de Choque.
A gestão Marchezan deixa claro a que veio: com cargos e outras benesses, comprou o presidente da Câmara! Nunca na história da Casa do Povo havia ocorrido tamanho ataque a democracia - e há um culpado por esse ataque: Valter Nagelstein.
Os ataques de Marchezan
Com o seu falso discurso de gestão, o prefeito de Porto Alegre entrou em negociatas com os vereadores municipais solicitando a inversão da pauta de votação. Sua intenção era de antecipar a discussão dos projetos que atacam os trabalhadores municipais, previstos para serem votados apenas após o recesso do Legislativo.
No entanto, os municipários rapidamente se organizaram para resistir aos ataques de um Poder Executivo que não possui o menor respeito pela classe trabalhadora, mostrando a força da união dos servidores. Mesmo com essa democrática manifestação popular, o presidente da Câmara, Valter Nagelstein, ordenou a presença da Romu e do Batalhão de Choque - que, conforme o relato de Appel, agrediram trabalhadores e trabalhadoras que apenas exerciam o seu direito de livre manifestação.
Quinta de luta define greve e Justiça permite entrada de manifestantes
Depois de todos os ataques e agressões sofrido, os municipários se concentraram, desde as 7h e 30min desta quinta (12), em frente à Câmara de Vereadores, pressionando a classe política para que defenda os direitos dos trabalhadores. Após, uma assembleia teve início, deflagrando a greve dos colegas municipários.
Além disso, a Justiça garantiu, via mandado de segurança, a presença dos manifestantes na sessão. O despacho judicial salienta que as medidas de segurança, e outras que venham a ser implementadas devem ser harmonizadas com o que dispõe a legislação local, que, no caso, de acordo com o artigo 53 da Lei Orgânica Municipal, define que as sessões plenárias devem ser públicas.
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