Em defesa da democracia caravana do SindSaúde-SP vai a Curitiba

Mais de 20 trabalhadores (as) da saúde pública do estado de São Paulo deixaram suas casas no último dia 29 de junho para defender a democracia. Chegaram por volta das 6 horas da manhã na gelada cidade de Curitiba. O objetivo era passar energias positivas para o ex-presidente Lula, preso político após o golpe de 2016. Recebidos no alojamento da Vigília Lula Livre, tomaram um café e em seguida foram até o prédio da Polícia Federal para gritar “Bom Dia Presidente Lula”, por treze vezes.

O “bom dia” ao presidente Lula do dia 29 foi puxado pelo diretor do Sindisaúde-SP, Alexandre Senna, que junto com caravana da entidade foi reforçar a luta da Vigília Democrática pela libertação de Lula e em defesa do Estado de Direito. A presidenta da CUT/PR, Regina Cruz, também participou da atividade, informando que a Frente Brasil Popular definiu a realização do Dia Nacional de Paralisação, em 10 de agosto, antecedendo a Marcha a Brasília no dia 15 de agosto, para acompanhar o registro da candidatura de Lula à Presidência da República.

Após os informes e o bom dia, as atividades continuaram em frente ao prédio da Polícia Federal, onde predem Lula. A primeira atração foi uma apresentação do cordel “O Encontro com John Lennon”, por Zé Jenipapo, e roda de conversa sobre o direito de lutar pela terra, com a advogada pernambucana Jaqueline Florence.

Às 14 horas os participantes da vigília se posicionaram em frente ao prédio onde Lula está e gritaram “Boa Tarde Presidente Lula”. Esse foi o início das programações da tarde, após um delicioso almoço produzido pelos próprios integrantes da vigília. No meio da tarde houve, na praça Olga Benário, uma roda de conversa sobre o Sistema Único de Saúde. Roseli Aparecida Ilidio, diretora do Sindisaúde-SP, observou o contraste entre os governo Lula e Dilma, que implementavam políticas públicas para beneficiar toda a população, e o governo ilegítimo de Temer, defensor do Estado mínimo e com uma lógica arrecadatória que não transforma os recursos em serviços para a população, mas apenas para o benefício de setores da elite brasileira. 

O diretor regional do SindSaúde-SP, Alessandro Neri, também pontuou no debate a importância de defender o Sistema Única de Saúde, ressaltando  que o SUS é muito mais que atendimento hospitalar, como vacinas e vigilância sanitária. Jorge Alexandre Senna, diretor de imprensa do SindSaúde-SP, fez um alerta ao trabalhador que se sente seguro com o plano de saúde ofertado pela empresa, “quando se aposentar perde o plano de saúde e volta para o atendimento público, o caminho é defender o SUS”.

Durante o “boa noite” ao ex-presidente, o ato Luzes para Lula iluminou a praça Olga Benário, com os militantes segurando velas acesas.

No dia 30 o bom dia foi puxado por um grupo de sindicalistas motociclistas que vieram reforçar a vigília. Aos gritos de “Lula Livre” os militantes desejaram bom dia ao ex-presidente. Em seguida aconteceu uma roda de conversa com os motociclistas cutistas. O tema foi “A luta dos trabalhadores e o sucateamento do patrimônio e serviços públicos”.

O sociólogo Emir Sader participou do “boa tarde” ao ex-presidente e sugeriu aos brasileiros que façam uma contagem regressiva de 100 dias até a eleição em 7 de outubro, com atividades pessoais diárias para levar Lula de volta à Presidência da República. Sader deu entrevista no programa Democracia em Rede, produzido e transmitido pela Casa da Democracia, coletivo de midiativistas que integram a Vigília Lula Livre. Ele alertou para uma combinação nefasta contra a democracia do País, envolvendo setores da política, o monopólio privado dos meios de comunicação, com algumas famílias que querem falar em nome do Brasil, e parte do Judiciário.

Durante a noite, os militantes voltaram para frente do prédio da policia federal e em alto e bom som desejaram treze vezes “Boa Noite Presidente Lula”.

Já no dia 01 de julho, o bom dia ao presidente teve até poesia, em seguida o artista João Belo, realizou apresentações para divertir e refletir. Após o almoço o boa tarde ao presidente Lula foi puxado pela diretora do SindSaúde-SP, Roseli Ilídio, que defendeu a democracia em seu discurso e gritou por “Lula Livre”. Em seguida os companheiros (as) da caravana do SindSaúde-SP se despediram e voltaram para São Paulo.

A Direção do SindSaúdeSP tem clareza de que o impeachment da Dilma não foi um processo de combate à corrupção. Forças políticas da elite brasileira usaram da rejeição que a ex-presidente tinha e da crise econômica brasileira e mundial para retira-la e implementar uma agenda que tem um viés ideológico que não é de interesse dos trabalhadores brasileiros.

Nós não queremos que todos os servidores públicos da saúde em São Paulo tenha exatamente a nossa opinião, nem sobre o Golpe, nem sobre os governos da Dilma e do Lula. Até porque nós também temos críticas. Mas é importante que todos os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros/as pensem nos efeitos práticos de tudo que está acontecendo, e quem realmente está causando os problemas que ocorrem no nosso país e no Estado de São Paulo.

Independente da sua posição partidária, queremos convidar você para construir uma sociedade democrática, com justiça social, onde nós trabalhadores tenhamos também possibilidade de crescer, de nos desenvolver e de sermos felizes. Queremos compartilhar a felicidade.