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Plano de ação da SR1: será uma boa medida ou simplesmente um presente de grego?

20/03/2018

A SR1 tem vários planos para tentar resolver o problema da falta de vagas em SP, mas será que ela está no caminho certo?

Escrito por: SINSSP

 

A SR1 está anunciando medidas para tentar resolver o problema da falta de vagas no estado de São Paulo. A ideia da superintendência é aumentar a quantidade de vagas ofertadas, reduzindo todos os atendimentos para 30 minutos e apenas protocolar o pedido sem prévia análise, somente depois ela vai verificar como fazer com o estoque represado.

 

O SINSSP entende que são ações temerárias, pois a SR1 ao tomar uma medida isolada demonstra que o INSS é a “casa da Maria Joana” onde é cada um por si e cada um faz o que quer por estar sem comando e quando não se tem comando o resultado é o caos administrativo.

 

A situação nas agências já está insuportável decorrente do aumento da demanda (Reforma da Previdência), do BILD, da liminar da OAB (liberando o atendimento para os advogados), a diminuição de servidores (por conta de aposentadorias) e a falta de material.

 

O Sindicato tem relatos de vários locais de trabalho que não tem estrutura para suportar o volume de segurados que em alguns casos esperam sentados no chão, sem falar naqueles que estão doentes aguardando o encaixe da perícia (por conta do BILD) e para piorar a situação os sistemas, como sempre, não funcionam ocasionando mais demora no atendimento, além de que, em pleno verão, é sabido da existência de APS que não tem ar-condicionado, o que torna a situação ainda mais grave. 

 

A SR1 deveria ter verificado a situação do INSS no Estado de São Paulo antes de propor o aumento do fluxo de pessoas dentro das APS’s, pois se já existia confusões e conflitos dentro das agências provocado por todos os fatores relatados acima, imagina como vai ficar aumentando ainda mais o fluxo de segurados.

 

Certamente haverá pressão para implementação das ações e sem as condições mínimas para atendimento os servidores vão adoecer e o Instituto terá mais afastamentos por problemas de saúde e o que ocorreu na APS-Osasco, com a interversão da Policia Militar, poderá se tornar uma rotina.

 

A categoria já viu esse filme e constatou que não deu certo. Essas medidas vão levar muitos servidores que estão em abono a anteciparem suas aposentadorias, piorando ainda mais a situação.

 

Em relação ao IMA-GDASS, a abertura da agenda trará novos benefícios que vão derrubar o indicador. Contudo, o problema vai ser o próximo ciclo, pois com o aumento de processos represados de forma descontrolada poderá tornar praticamente inalcançável a meta.

 

A ideia da SR1 é montar Grupos de Trabalho para dar vazão ao represado.  A questão é de onde vão tirar servidores suficientes para a realização dessa tarefa? É preciso lembrar que não havendo análise prévia dos benefícios, somente o protocolo dos mesmos, como estarão esses processos a serem analisados?

 

Poderá haver GT’s de indeferimento, o que vai ocasionar em recursos e mais recursos, gerando um enorme retrabalho, além de processos na justiça onerando os cofres públicos.

 

O SINSSP não pode aceitar tais medidas.  Se desejam mensurar a real demanda de São Paulo, que não coloquem travas na agenda, deixem-nas abertas e solicitem a conclusão ou exigência no requerimento, após saber o tamanho da demanda e a partir deste ponto efetuar ações para diminuir o tempo de espera da agenda evitando todo e qualquer represamento e estoque.

 

Desta forma, evitarão que o segurado compareça nos próximos 10 meses nas agências atrás de informações sobre o seu benefício, carregando o atendimento espontâneo, fazendo o segurado aguardar por horas e gerando um estresse para todo mundo.

 

Sem concurso público e com as medidas que o INSS vem tomando, a conclusão será a de que eles somente visam o desmonte da previdência. A categoria terá que reagir, pois o que está em jogo é a sobrevivência dos servidores. O SINSSP defende que todos devam discutir e construir um forte movimento paredista para combater todos os ataques aos servidores.

 

O SINSSP luta por nenhum direito e menos para a categoria que ele representa!

 

 

 

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