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Servidores da FUNED entram em estado de greve!

19/01/2018

Com a maioria dos acordos assinados não cumpridos, o ano de 2018 já começa com atrasos de pagamentos, e o 13º dividido em 4 parcelas

Escrito por: Sindsaúde MG

 

Em assembleia, no último dia 17 de janeiro, os trabalhadores e trabalhadoras da Fundação Ezequiel Dias decidiram pelo estado greve na instituição. Dentre as pautas discutidas, a primordial é a exigência do pagamento do décimo terceiro em parcela única no mês de janeiro. Ainda que no começo, o último ano de mandato do governo Pimentel já vem acabando com a esperança por dias de mais respeito, do trabalhador da saúde. Durante 3 anos de governo, o que vimos acontecer foram várias greves e movimentos, frutos do desrespeito do governo com o funcionalismo.

 

Com a maioria dos acordos assinados não cumpridos, o ano de 2018 já começa com atrasos de pagamentos, e o 13º dividido em 4 parcelas. Por ser ano eleitoral, as discussões de reajuste salariais e negociações com impacto na folha só podem acontecer até abril. Seria cômico se não fosse trágico, mas a perspectiva de negociação com o governo é apenas para março e, caso a resposta seja negativa como em todos outros anos, o prazo para uma possível greve já terá esgotado.

 

O governo afirma que em 2018 as coisas podem melhorar, mas em período de pré-campanha tudo é valido para ludibriar o trabalhador. O que tivemos de forma concreta nesse governo até agora foi apenas o descumprimento do acordo de greve 2016, de redução da jornada, promessas, atrasos e o auxílio alimentação como medida paliativa para não melhorar os salários e a carreira. No dia 21 de dezembro, a Fundação fez uma das suas maiores paralisações com cerca de 300 servidores em greve buscando o pagamento integral do 13º, entre outras pautas. O governo com certeza sentiu a pressão de ter a fundação praticamente parada.

 

A greve é o último recurso do trabalhador, pois o seu valor é medido pela sua força de trabalho, e num período em que a medida da exploração só tende a aumentar com as reformas trabalhista e previdenciária, sentimos no bolso, mensalmente, que não há saída que não seja a luta. Por isso exigimos que todos os acordos sejam cumpridos até abril. No final de janeiro e início de fevereiro será um período de mobilizações e negociações intensas com o governo, pois o prazo está acabando, e não vamos esperar 2019 para que um novo governo nos engane por mais quatro anos. Chegou a hora! Chega de enrolação!

 

Pautas da assembleia

 

- 13º salário em parcela única no dia 19 de janeiro, fim dos atrasos e escalonamento de salário.
- Redução da jornada para 8 horas ininterruptas (conforme acordo de greve de 2016).
- Antecipação do segundo ADE no mês posterior à décima avaliação de desempenho. 
- Não contagem do período de estágio probatório para fins de promoção.
- Pagamento do auxílio transporte com o valor atualizado.
- Fim do desconto de 6% referente ao vale-transporte.
- Reajuste do auxílio alimentação para R$ 25,00.
- Revisão do Plano de carreiras com implementação à partir de abril de 2018

 

 

 

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