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Sindsaúde SP: depois de muita pressão governo concede reajuste no auxílio-alimentação

18/01/2018

Decreto aumenta vale refeição de oito para doze reais, medida começa a valer em fevereiro

Escrito por: Sindsaúde SP

 


No diário oficial da sexta-feira (5/01), o governador do Estado de São Paulo publicou o decreto nº 63.139 concedendo reajuste no auxílio-alimentação dos servidores públicos. O aumento é resultado de muita pressão, organização o e luta do sindicato e dos trabalhadores (as). O chamado “vale coxinha” que concedia o valor de R$ 8 para alimentação do trabalhador (a), agora passará para R$ 12.


Apesar do aumento, o auxilio alimentação continua abaixo do valor médio indicado para a uma refeição nas cidades do estado de São Paulo. De acordo com a Pesquisa Nacional do Preço Médio da Refeição, da ASSERT, que indica os valores médios das refeições cobrados pelos estabelecimentos brasileiros, e também com base na Pesquisa Nacional da Cesta Básica, do DIEESE, na capital a média diária do vale refeição é de R$23,07 reais (veja na tabela abaixo a estimava de outras cidades).

 

Barueri: R$ 22,16                     Campinas: R$ 22,55                  Diadema: R$ 20,78   


Jundiaí: R$ 21,55                     Osasco: R$ 20,94                       Ribeirão Preto: R$ 19,60


Santo André: R$ 21,81            Santos: R$ 23,29                        São Bernardo do Campo: R$ 19,79


São Paulo R$ 23,07                 Sorocaba R$ 15,89                    Guarulhos: R$ 21,83                  


São Caetano do Sul: R$ 20,64                                                     São José dos Campos: R$ 20,00


ASSERT - Pesquisa do Preço Médio Refeição 2017


Além de estar abaixo da média do benefício no estado, também haverá redução no número de servidores que terão direito ao auxílio alimentação, já que, o vale é para trabalhadores que ganham até R$ 3.777,90.


De acordo simulação realizada a partir de dados do portal da transparência pelo DIEESE – subseção SindSaúde-SP, dos mais de 68 mil servidores ativos da saúde pública estadual, cerca de 42 mil receberão o auxílio alimentação. A estimativa foi realizada levando em consideração o critério do reajuste de 3,5%, supondo que esse percentual é aplicável sobre a remuneração total do servidor.


A simulação no portal apontou que em dezembro do ano passado, 68.656 trabalhadores (as) receberam o vale refeição, após o reajuste esse número irá diminuir para 42.513 trabalhadores, ou seja 25.479 deixarão de receber o benefício (veja na tabela).

 


O IAMSPE não entrou na estimativa, pois lá, o caso é diferente. Independente do salário todos os trabalhadores (as) recebem o vale refeição graças a um acordo específico com a direção da unidade.


O presidente do SindSaúde-SP, Gervásio Foganholi, ressaltou que a categoria precisa estar unida e pronta para a luta. “Ficamos muitos anos sem aumento, o que gerou perdas salariais de mais 43, 78%. Agora, ele apresenta uma proposta de 3,5%? Ou seja, o governo Alckmin continuará nos devendo mais de 40% de reajuste. No vale refeição o indicativo é que muitos trabalhadores (as) deixarão de receber o benefício após o reajuste. O governo precisa negociar, ouvir o funcionalismo público, e não criar um evento midiático para anunciar reajuste visando as eleições presidenciais. Queremos um reajuste de verdade”, disse.

 

 

 

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