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Sindsaúde MG: reunião da Mesa SUS peca por não ter representantes do gabinete da SES

28/06/2017

Sindicato mantém a critica a falta de resolutividade da Mesa que há tempos deixou de ser acompanhada pelo primeiro escalão que detém a tomada de decisão

Escrito por: Sindsaúde MG

 

 

Depois da última reunião da Mesa Estadual de Negociação Permanente do SUS (Mesa-SUS) ter sido suspensa pelas entidades sindicais devido à ausência do governo do Estado, na segunda-feira (19/06) uma nova reunião foi realizada para cumprir a pauta de discussão, agora com gestores presentes. O Sind-Saúde/MG mantém a critica a falta de  resolutividade da Mesa que há tempos deixou de ser acompanhada pelo primeiro escalão que detém a tomada de decisão. Com pontos de pauta acumulam, o Sindicato solicitou que os itens principais e mais urgentes fossem eleitos a fim de buscar efetividade na discussão.  

 

Veja abaixo os itens discutidos:

 

ESP sem direção - O primeiro ponto de pauta se referiu as inúmeras dificuldades que a Escola de Saúde Pública (ESP-MG) enfrenta sem a nomeação da nova diretora. Os problemas se acumulam despois do pedido de exoneração da antiga diretora no dia 20 de maio e os servidores temem pelo funcionamento da Escola. A falta de diretoria compromete pagamentos básicos como água, luz e telefone. O governo afirmou que ainda hoje dará respostas ao Sindicato, depois de consultar a Câmara de Orçamento e Finanças (COF), a Secretaria de Governo (Segov), a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) e a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG).

 

Ponto facultativo - O Sindicato voltou a criticar a Portaria 12.93/2017 da Fhemig/Sepag que trata do ponto facultativo. O Sind-Saúde/MG relatou que os trabalhadores foram mal informados sobre o último feriado e muitos alegam que não sabem como serão remunerados. O retorno sobre este ponto será dado nesta terça-feira (20) durante reunião da entidade sindical com o novo presidente da Fhemig.

  

Impasse no ambulatório do HJK - O Sind-Saúde criticou duramente o absurdo da situação vivida no ambulatório do Hospital Julia Kubitscheck (HJK). Após a reforma no local, o setor atendimento está pronto, mas um desacordo entre a construtora e a gestão impede o funcionamento. Usuários estão tendo atendimentos de forma precária em local inapropriado.  Sind-Saúde alega que não faz sentido um espaço público ficar retido, independente do motivo.  

 

Liberdade sindical - Para garantir a liberdade da organização dos trabalhadores da saúde, o Sindicato exige do governo uma resolução que disponha sobre as atividades sindicais. O Sindicato alega que na Mesa SUS o protocolo existente fala apenas da liberação para atividades da Mesa. O Sind-Saúde acredita que o impedimento de exercer atividades sindicais cerceia a categoria de organização para buscar a valorização da carreira no SUS. Além da liberação de diretores sindicais, foi apontado problemas na codificação do ponto para as atividades sindicais para aqueles servidores que não são liberados.  O assunto voltará a ser discutido nas próximas reuniões.  

 

Servidores na Hemominas são cobrados a devolver valores - A representação dos trabalhadores na Hemominas criticou a forma como a gestão procede em casos de erros de pagamento. As ações, realizadas pela própria gestão, estão sendo revistas e muitos trabalhadores alegam que são cobrados a devolver valores somados, que chegam a quantias altas. Entre as situações mais difíceis relatadas, estão a cobrança aos trabalhadores de valores altos no momento de efetivar a aposentadoria.

 

Nomeação de servidores concursados - Mais uma vez, o Sindicato cobrou do governo a imediata nomeação dos servidores concursados com tratamento isonômico entre os órgãos da saúde. A gestão respondeu que só poderá nomear servidores em casos de vacância por motivos de óbito, e de aposentadoria no cargo correspondente.     

 

Vale alimentação - Sem debater com os trabalhadores, o governo pretende mudar a forma de pagamento do vale-alimentação. A mudança poderá prejudicar diversos trabalhadores, como é o caso da SES. Se efetivar o pagamento no contracheque ao invés do cartão magnético como é feito hoje, os(as) trabalhadores(as) da SES alegam que terão prejuízo de 30 dias de atraso mais os 12 que o governo atrasa no salário. O Sindicato aproveitou a oportunidade para cobrar isonomia de tratamento com os servidores da Secretaria da Fazenda que hoje recebem o maior valor diário no Estado.

 

Atendimento de urgência e emergência na CAMG - O único posto médico na Cidade Administrativa (CAMG), que já não era o ideal, foi fechado e os servidores estão preocupados com possíveis necessidades. Durante a reunião foi relatado um episódio recente de um servidor que passou mal durante o trabalho e teve dificuldade de ser atendido.  Ao ser chamado, o SAMU afirmou não poderia atender aquela circunscrição e os servidores que acompanhavam o trabalhador que passava mal, desesperados, tiveram que leva-lo às pressas ao Hospital Risoleta Neves. Outra situação citada é de uma servidora grávida que precisa acompanhar os níveis de pressão regularmente e precisou adquirir o aparelho, pois não tinha acesso ao equipamento na CAMG. O Sindicato alertou para a falta de uma unidade de urgência e emergência em um local, que tem um número grande de trabalhadores e pessoas que circulam por lá.    

 

 

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