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Sem receber salários, terceirizados do Hospital Leonor deixam postos de trabalho

02/06/2017

Hospital continua funcionando sem profissionais da área de segurança e portaria, informação é que empresa não pagou salário de terceirizados

Escrito por: Sindsaúde SP

 

O Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros está sem equipe de profissionais de portaria e segurança, de acordo com relato da diretora do SindSaúde-SP, Valéria Fernandes. A informação é que a empresa terceirizada contrata para executar esse serviço deixou de pagar seus funcionários.


Valéria explicou que os profissionais da portaria são responsáveis por fazer o encaminhamento de visitas e pacientes no Pronto Atendimento e Ambulatório. Eles também fazem o controle de acesso à UTI neonatal e adulta, e o controle de visitação nas enfermarias. “Esse controle é essencial, visto que o hospital distribui crachás de cores diferentes para cada ala, e eram os porteiros que faziam a verificação entre os andares”, explicou.


Sem os trabalhadores (as) da portaria esse controle passou a ser feito pelos seguranças, profissionais também terceirizados. Valéria informou que número de seguranças era menor que o necessário e por isso alguns postos ficaram sem assistência. Ela também ressaltou que os seguranças não foram contratados para aquela função.


A diretora do SindSaúde-SP declarou que conforme relato dos trabalhadores terceirizados a empresa (Gatto&Silva, conforme apurou a reportagem), não pagou os salários dos profissionais da segurança e da portaria e, por isso, eles pararam de comparecer ao trabalho: “A situação que já era ruim piorou, há mais de uma semana os seguranças também não estão mais em seus postos de trabalho no hospital. A empresa contratada deixou de pagar os funcionários, e eles, portanto, não foram mais trabalhar”.

 

A equipe de comunicação do SindSaúde-SP entrou em contato por telefone e e-mail com a empresa Gatto&Silva e sua assessoria jurídica, até o fechamento dessa reportagem a empresa não se manifestou sobre o assunto, se quer respondeu às perguntas enviadas.


Valéria afirmou que o hospital continua funcionando sem segurança e sem serviço de portaria. Com objetivo de amenizar a situação, Valéria disse que direção do hospital está deslocando trabalhadores (as) públicos para essa função. “Estão convocando funcionários públicos, sem formação ou preparo, para assumir os postos de trabalho de porteiros, e pasmem, seguranças”.


A diretora do sindicato se mostrou preocupada com profissionais que não são preparados para a segurança estarem trabalhando no setor. “Já houve casos em que um visitante, contrariado com as regras da instituição, apontou uma arma para o segurança. E se o mesmo, ou pior, acontece com um funcionário em desvio de função? De quem será a responsabilidade desse ato?”, questionou.


Valéria informou que a situação gerou um completo descontrole sobre o número de visitas e a troca de crachás. “Os funcionários não têm segurança de sua integridade física e estão sendo obrigados a assumirem esses postos de trabalho para os quais não são capacitados. E receiam se negar e sofrerem punições, já que são convocados sob a alegação de que ‘todos têm que colaborar’.

 

 

 

 

 

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