CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > DESTAQUE CENTRAL > SINDSAÚDE GO: TRABALHADORES GOIANOS TOMAM AS RUAS CONTRA AS REFORMAS DE MICHEL TEMER
02/05/2017
A exemplo do que ocorreu no país inteiro na sexta-feira (28) ganhando repercussão internacional, em Goiás – os trabalhadores das mais diversas categorias, inclusive da Saúde, também se uniram para protestar contra a reforma Trabalhista e Previdenciária e contra a Terceirização irrestrita. Em Goiânia, a mobilização assumiu grande proporção levando cerca de 50 mil pessoas às ruas.
Compromisso - A reação às reformas propostas pelo presidente Michel Temer refletiu em vários serviços. Na capital, o dia começou com parte do transporte público parado, escolas sem aulas e com vias interditadas. “É um dia de manifestação de todos os servidores. Um dia de mostrar a esse governo, as nossas necessidades e as nossas preocupações. Eu acho que se estivesse ido para o meu trabalhado, eu não me sentiria bem”, desabafou uma servidora da saúde.
A concentração foi na Assembleia Legislativa de Goiás e começou por volta das 8 horas da manhã. O local foi escolhido de maneira estratégica já que, também tramita na Casa uma Proposta de Emenda Constitucional (3548/16) enviada pelo governador de Goiás, Marconi Perillo, que afeta gravemente os direitos dos servidores públicos goianos.
Trajeto - De lá, os manifestantes saíram em passeata até a Praça do Bandeirante no centro da Capital entoando o seguinte grito de ordem: “parem as reformas ou paramos o Brasil”. Lucas Alcântara também é servidor da Saúde e afirmou que estava “participando em defesa dos atuais e dos futuros trabalhadores. O governo Temer, os governantes estaduais e deputados estão retirando a estrutura mínima de direito que a classe trabalhadora ainda tem”.
O ato uniu diversos seguimentos da sociedade que levaram às ruas faixas, cartazes, bandeiras e informativos para esclarecer a população sobre as consequências das reformas para o [email protected]
A presidenta do Sindaúde/GO, Flaviana Alves, criticou as propostas do governo federal e afirmou que “fazer reformas à custa do trabalhador é muito fácil”. Ainda segundo ela, “ só com esta unidade é que será possível conquistar uma sociedade mais justa e fraterna. Os trabalhadores estão acordados e sabem lutar e resistir”.
Na rua - Já a diretora do Sindsaúde/GO e membro da CUT Nacional, Maria de Fátima Veloso, destacou que a “luta do povo” deve ser na rua. “Foi assim que o povo garantiu inúmeros direitos. Foram milhares de pessoas que lutaram e morreram para garantir essas conquistas”. Fátima ainda destacou que “esse é o maior golpe contra a classe trabalhadora” e que “a população não pode ficar indiferente a tudo isso”.
Durante o trajeto, os nomes dos deputados federais goianos que votaram a favor das propostas foram lidos no carro de som e receberam uma chuva de vaias. O encerramento aconteceu na Praça do Bandeirante por volta das 12h30 com o Hino Nacional interpretado à capela pela cantora Maíra.
Incidente - No final da manifestação e após um início de tumulto, a reação da Polícia Militar deixou um estudante de 33 anos ferido gravemente. Com um cassete, ele foi golpeado na cabeça por PM. O jovem está na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital de Urgências em Goiânia.
Balanço - Durante todo o dia, as manifestações aconteceram em vários municípios goianos. De acordo com um levantamento realizado pela CUT Goiás, os atos aconteceram em mais de 20 cidades e levaram cerca de 100 mil goianos às ruas.
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