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Sindsaúde MG: não ao desmonte da Previdência

20/03/2017

Milhares de trabalhadores e trabalhadoras da capital, região metropolitana e cidades vizinhas se reuniram na Praça da Estação para protestar contra a reforma

Escrito por: Sindsaúde MG

 

 

A quarta-feira (15) foi o dia de paralisações gerais por todo país, em Belo Horizonte não foi diferente, servidores da saúde, educação, correios e diversas categorias foram às ruas para dizer não contra o ataque a Previdência Social que põe em xeque a aposentadoria digna referente a anos de trabalho.

 

Milhares de trabalhadores e trabalhadoras da capital, região metropolitana e cidades vizinhas se reuniram na Praça da Estação para protestar contra a reforma. Após uma intensa e calorosa concentração, o grupo de trabalhadores indignados, com a reforma do governo golpista, seguiu pelas ruas do Centro até a Praça Sete, onde se uniram a mais trabalhadores que manifestavam em outros pontos.

 

Cerca de 150 mil pessoas estiveram presentes, dispostas a lutarem pelo direito a uma aposentadoria digna. O ato, com proporções enormes como a muito não se via em BH, passou pela Praça Raul Soares e seguiu para a Assembleia Legislativa-MG onde uma audiência pública deu continuidade a manifestação abordando os retrocessos da Reforma que aumenta o tempo de serviço e contribuição na mesma proporção que reduz o valor do benefício. E equipara todos os trabalhadores sem levar em conta que as condições de trabalho não são as mesmas para todos.

 

A audiência pública contou com uma mesa composta por lideranças sindicais e parlamentares. Durante todo o momento de fala convocaram os trabalhadores a pressionarem deputados federais da bancada mineira a votarem contra ao desmonte da Previdência e a participarem sempre que possível das manifestações para mostrar para o governo que a voz que vem das ruas, da classe trabalhadora é contra a Reforma.

 

E para salientar, mais uma vez, o que está em risco os ataques propostos pela reforma foram expostos. Se antes o tempo de contribuição era de 15 anos de acordo com as linhas da PEC 287, serão 25 anos de contribuição. Mulheres, as mais atingidas, que antes podiam se aposentar aos 55 anos agora precisam chegar aos 65 anos para recorrerem à aposentadoria. Trabalhadores rurais que em virtude das condições de trabalho diferentes possuíam uma aposentadoria especial foram equiparados aos trabalhadores urbanos. O recebimento de pensão e aposentadoria será proibido e o valor da pensão não será vinculado ao valor do salário mínimo vigente, portanto, poderá ser menor que o salário mínimo. Não poderá se aposentar antes dos 65 anos e praticamente acaba a aposentadoria integral.

 

Em todos os momentos da manifestação o que se via eram trabalhadores indignados com a falta de respeito do governo, que não chegou ao poder pelo voto direto, e está colocando em risco o presente de muitos e o futuro de tantos outros. Há outras formas de ajustar as contas públicas sem que o peso da dívida fique apenas com o trabalhador. O temor de quem foi às ruas é que a Previdência do governo golpista seja um benefício que não será alcançado, já que o tempo de serviço e contribuição foram alongados. O medo que levou milhares a parar o centro da capital mineira e de todo país é trabalhar, contribuir e não usufruir da aposentadoria. 

 

 

 

 

 

 

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